A Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista

Fonte: Reflexão de Boa Vontade extraída do livro “Paiva Netto e a Proclamação do Novo Mandamento de Jesus – A saga heroica de Alziro Zarur (1914-1979) na Terra”, de junho de 2019. | Atualizada em fevereiro de 2021.

O Cristianismo não é uma simples vertente entre as crenças. Ele é o Amor esplendoroso que nasce do coração de Jesus e alimenta a vida no mundo!

Por isso mesmo, todo esse nosso esforço de Fé Realizante dos Jovens Ecumênicos da Boa Vontade visa demonstrar o acanhamento de qualquer campanha infrene de reducionismo de todo o significado divino-humano de Jesus, que, no famoso diálogo com Nicodemos [leia a passagem bíblica mais adiante], nos desperta para o fato de que existe uma Espiritualidade além da espiritualidade, uma Filosofia além da filosofia, uma Ciência além da ciência, uma Economia além da economia, uma Política além da política, uma Arte além da arte, um Esporte além do esporte, uma Existência além da existência, um Horizonte além do horizonte, um Deus Divino além do deus humano.

Tela: Henry Ossawa Tanner (1859-1937)

Detalhe da obra: Nicodemos visita Jesus.

Motivo pelo qual fundei, em 1o de fevereiro de 2007, a Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista. Ela é composta pelo Instituto de Estudo, Pesquisa e Vivência do Novo Mandamento de Jesus e pelo Instituto de Estudo e Pesquisa da Ciência da Alma.

Por meio da produção de conhecimento universal, isto é, divino e terreno, tem por objetivo dessectarizar a maneira como alguns veem o Cristo de Deus e o Cristianismo, ou seja, mostrar a influência e a aplicabilidade das lições ecumênicas e eternas do Acadêmico Celeste em todos os campos do saber espiritual-humano, apresentando-O de forma irrefragável à humanidade — o que não se limita às fronteiras físicas.

A Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, surge para iluminar o conteúdo ideológico (espiritual e humano) dos seres de Boa Vontade, da Terra e do Céu da Terra, em todas as áreas de atuação, para que seu modo de exprimir-se e de existir não seja espiritualmente vazio. Trata-se do cumprimento da notável tarefa da Doutrina do Cristo de esclarecer e libertar as criaturas, em Espírito e Verdade, à luz do Mandamento Novo do Divino Mestre, pois o Criador deseja que todos se salvem (Segunda Epístola de Pedro, 3:8 e 9):

“8 Mas, amados, não ignoreis uma coisa: um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia.

“9 O Senhor não retarda a Sua promessa, ainda que alguns a tenham por demorada; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.

Justamente por isso instituiu a Lei das Reencarnações ou das possibilidades sucessivas de redenção.

Eis, em suma, a mensagem do Cristo a ser levada a todos os povos e nações pelos Jovens Acadêmicos do Jesus Ecumênico!

O Cristianismo do Cristo universalmente ama a humanidade

Ressalto que, para isso, é necessário dessectarizar o Cristo. Essa é a extraordinária tarefa desempenhada pela Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista. Significa ampliar o entendimento do Poder e da Ação Esclarecedora e Pacificadora do Sublime Taumaturgo nos corações humanos.

No conceito fraterno e solidário da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, proclamada por Alziro Zarur (1914-1979), o Cristianismo do Cristo universalmente ama a humanidade. A recomendação de Jesus, o Ecumênico por excelência, no Seu Evangelho, segundo João, 13:34; e 15:13, é muito clara: “Amai-vos como Eu vos amei. (...) Não há maior Amor do que doar a própria vida pelos seus amigos”.

Aí está, portanto, um ponto pacífico de convergência de todos os rebanhos do mundo, isto é, transcendendo a Religião, esse divino sentimento é excelente ferramenta de diálogo entre ela e a Ciência, a Política, a Filosofia, a Economia, a Arte, o Esporte, a vida pública e a vida doméstica, enfim, entre todos os ramos das realizações terrenas. Essas expressões do saber humano carecem do banho lustral do Mandamento Novo do Cristo, de forma que alcancem a supina iluminação dos seus setores. Existe algo além do Além...

Jesus Dessectarizado

Diante dessa abrangência universalista, é nosso empenho, na Religião do Terceiro Milênio, apresentar Jesus Dessectarizado, sem arestas, para que Ele possa surgir em toda a Sua Divina Grandeza, com Poder e Autoridade, a qualquer consciência do mundo.

Grafei esse conceito da dessectarização do Cristo durante entrevista que concedi, em 1989, ao produtor de documentários da TV polonesa, à época vice-presidente da Associação Universal de Esperanto, jornalista Roman Dobrzyński. Na ocasião, ele, ao analisar a missão do Templo da Boa Vontade (TBV), o Templo do Ecumenismo Divino, que eu inauguraria em 21 de outubro daquele ano, em Brasília/DF, arguiu-me sobre como podia pregar o Ecumenismo Irrestrito falando em Jesus. Resumindo o que há décadas tenho elucidado acerca de assunto tão fundamental da doutrina da Religião do Terceiro Milênio, respondi que uma das grandes tarefas da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo é dessectarizá-Lo, pois Jesus é o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, e concluí: o Provedor Celeste não é um rancoroso exclusivista. Ele é um Ideal Sublime de Humanidade, Amor, Solidariedade, Justiça e Compaixão para todos os seres espirituais e humanos. Jesus é uma conquista diária para os que têm sede de Saber, de Misericórdia, de Fraternidade, de Generosidade, de Liberdade, de Solidariedade e Igualdade, consoante a Lei Universal da Reencarnação, “que dá a cada um de acordo com as obras de cada um” (Evangelho, segundo Mateus, 16:27).

Jesus, em Si mesmo, não constitui fator de rancores e guerras.

Faz-se necessário esclarecer que, quando Jesus asseverou, no Seu Evangelho, segundo Mateus, 10:34, “não penseis que vim trazer paz à Terra; não vim trazer paz, mas espada”, de forma alguma estava incitando a violência. O saudoso Irmão Zarur apresentava, em suas preleções, uma equilibrada e elucidativa versão a essa famosa passagem: “Não penseis que vim trazer comodismo à Terra”.

É só observar que Jesus pregou, com o Seu Novo Mandamento, o Amor elevado à enésima potência. O que as criaturas terrenas fizeram com a Sua Mensagem é criação reducionista delas (...).

Revelar o excelso significado do Seu Evangelho e do Seu Apocalipse, sem odiosa intolerância, ou seja, em Espírito e Verdade, à luz desse Amor Fraternal, é um destacado serviço que a Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo está prestando à sociedade do mundo (...).

Roman tornou-se admirador e divulgador desse ideal de Boa Vontade, constantemente encaminhando à Religião do Terceiro Milênio histórias e experiências vivenciadas quando de suas palestras e aulas em diferentes lugares do globo, entre estas as ministradas na Universidade de Pequim, na China.

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Jesus instrui Nicodemos acerca do novo nascimento

(Evangelho, segundo João, 3:5 a 13.)

“5 Jesus lhe disse: — Nicodemos, em verdade, em verdade te digo: Aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.

“6 O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é Espírito.

“7 Não te maravilhes, pois, de Eu te dizer: necessário vos é nascer de novo.

“8 O vento sopra onde quiser, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem o vento, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.

“9 Nicodemos, mais surpreso ainda, perguntou-Lhe: — Mas, Senhor, como pode acontecer uma coisa dessa?

“10 Jesus lhe respondeu: Ora, Nicodemos, tu és mestre em Israel e não sabes disto?

“11 Em verdade, em verdade te digo que nós afirmamos o que sabemos e testificamos o que vimos; entretanto, não aceitais o nosso testemunho.

“12 Se, tratando de coisas terrenas, não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais?

“13 Ora, ninguém subiu ao Céu, senão Aquele que desceu do Céu, ou seja, o Filho de Deus, que está no Céu.

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.