Bom companheirismo – Permanente Bandeira

Fonte: Reflexão de Boa Vontade extraída do livro "Jesus, o Profeta Divino". | Atualizada em julho de 2019.

Em 20 de julho, quando celebramos o Dia Internacional da Amizade, vale destacar uma personalidade que desde muito jovem teve o seu coração arrebatado pela Doutrina do Novo Mandamento de Jesus, constante de Seu Evangelho, segundo João, 13:34 e 35 — “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos”. Falo-lhes de João Evangelista, o médium psicógrafo do Livro da Revelação, o Apocalipse de Jesus, transcrito por ele em seu exílio na Ilha de Patmos, e já estando nonagenário.

Tela: Eugene Burnand (1850–1921)

Os discípulos Pedro e João correndo para o sepulcro na manhã da ressurreição.

“Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, encontrei-me na ilha chamada Patmos, por causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus Cristo” (Apocalipse de Jesus, 1:9).

O exemplo do bom companheirismo de João, expresso na sua fidelidade inarredável a Jesus – “(...) na tribulação” –, tem de ser a nossa permanente bandeira. Apenas assim não seremos tisnados, como os integrantes da Igreja em Éfeso, pelo opróbrio de ter perdido a Primeira Caridade. É ainda o modelo do bom companheirismo evangélico e apocalíptico vindo do Profeta de Patmos, que nos ensina – “no reino e na perseverança em Jesus Cristo” – a jamais desanimar.

Tela: Pedro de Orrente (1580-1645)

Título da obra: João Evangelista em Patmos.

Mesmo que as procelas da existência humana ambicionem sufocar o peregrino em sua trajetória, ele prossegue resoluto em sua marcha.

Não é bastante elaborar planos notáveis e, depois, nunca atingir o ponto almejado, porque se desprezou um conceito revolucionário denominado Primeira Caridade. Aliás, um perigo que atingiu os componentes da Igreja em Éfeso, não obstante as qualidades que possuíam (Apocalipse, 2:4, 5 e 7):

4 Tenho, porém, contra ti que abandonaste a tua Primeira Caridade.

5 Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; porque, se não, virei contra ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.

7 Quem tem ouvidos de ouvir ouça o que o Espírito diz às igrejas do Senhor. Ao vencedor, darei a comer os frutos da Árvore da Vida Eterna que se encontra no paraíso de meu Deus”.

Não podemos “morrer na praia”, por causa dos titubeios, após atravessarmos a fortes braçadas oceanos turbulentos. Urge que mantenhamos firmemente a nossa confiança no Salvador, Jesus, que em hipótese alguma mentiu nem se deixou enfraquecer. Como tantas vezes exclamava o Irmão Zarur: “Em qualquer circunstância, pensem logo em Jesus!”

No Evangelho, segundo Lucas, 18:8, o Excelso Pegureiro argui de nós: “Quando vier o Filho de Deus, achará porventura Fé na Terra?

Motivados, em uníssono, poderemos responder-Lhe: “Sim, Divino Senhor, encontrarás Fé na Terra, porque saberemos, seguindo fielmente a Tua Soberana Vontade, persistir além do fim.

Trata-se de um gigantesco desafio na hora presente da humanidade, pois os Tempos chegaram. Contudo, quando estamos integrados em Deus, as dificuldades só nos fazem crescer.

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.