Viver é Melhor!

Fonte: Jornal A Tribuna Regional, de Santo Ângelo/RS, edição de 21 e 22 de junho de 2008, sábado e domingo. | Atualizado em novembro de 2019.

Em 1993, reunimos 150 mil pessoas de várias partes do Brasil e do exterior num concorrido evento no Vale do Anhangabaú, São Paulo. No local, convocamos todos a dar um tonitruante brado de Amor à vida. Autoridades, religiosos e artistas prestigiaram o encontro, entre eles os cantores.

João Preda

Em 10/12/1993, no Vale do Anhangabaú, São Paulo (Brasil), como noticiou a imprensa, 150 mil pessoas, entre estudantes, artistas, esportistas, comunicadores, religiosos, líderes comunitários, integrantes de diversas instituições e o povo em geral, estiveram reunidas para dar um brado de Amor à Vida: Viver é Melhor!

“Barco Furado”

Em 1991, a campanha antidrogas da Legião da Boa Vontade (LBV), que teve o apoio publicitário da agência DPZ, ganhou o seu primeiro videoclipe. A música “Barco Furado”, dirigida por Paulo Trevisan, foi assinada por Ernesto Cenvi (letra), Michael Sullivan e Paulo Massadas (melodia). Imprensa e personalidades em geral aderiram à iniciativa. Consagrados cantores e artistas interpretaram a obra, como os grupos Fogo Cigano; Tindo Lelê; Arco-Íris; Filhos de Olodum; Grupk Samba 5; Afonso (ex-Polegar); banda Show Bis; as duplas Gian & Giovani; Karlo & Caito; Michelle & Grasielle; Rogério & Ramar; Ricasso & Rosini; Lucas & Luan; Régis & Raí; Sandra de Sá; Tânia Alves; Sérgio Reis; Fátima Leão; Marquinhos Moura; Mara Maravilha; Oswaldinho da Cuíca; Ângela Mattos; Márcia Casanova; Flávio Carvalho; Xande; Daniela Rampinelli; Jhairo Leandro; Cláudia Telles; Paloma Lua; Sara; Lady Lu; Juninho Bil; Joel Marques; Buiú (personagem do A Praça é Nossa); os saudosos palhaço Bozo; e Pedro de Lara.

 

 

Luta incessante

Desde 1987, a Organização das Nações Unidas instituiu o 26 de junho como o Dia Internacional de Combate ao Uso e Tráfico de Drogas. Segundo o Escritório da ONU contra Drogas e Crime (Unodc), “nas últimas décadas, as tendências do uso de drogas – especialmente entre jovens – começam a convergir. No mundo todo, cerca de 200 milhões de pessoas – quase 5% da população entre 15 e 64 anos – usam drogas ilícitas pelo menos uma vez por ano. Cerca de metade dos usuários as usa regularmente; isto é, pelo menos uma vez por mês. A mais consumida no mundo é a cannabis (maconha e haxixe). Aproximadamente 4% da população mundial entre 15 e 64 anos usam cannabis, enquanto 1% usa estimulantes do grupo anfetamínico, cocaína e opiáceos. O uso de heroína é um grave problema em grande parte do planeta: 75% dos países enfrentam problemas com o consumo da droga”.

Ainda para o Unodc, a melhor parceira da prevenção é estar bem informado: “É preciso saber sobre as drogas, especialmente sobre seus riscos. As drogas podem causar danos à saúde, além de diminuir a percepção de perigos. Por alterar o nível de consciência, o uso de drogas pode levar a práticas arriscadas, como sexo sem preservativo ou compartilhamento de seringas e outros materiais, que podem transmitir doenças, como o HIV/aids e a hepatite”.

Há décadas, a Legião da Boa Vontade desenvolve importante campanha educativa: Não use drogas. Viver é Melhor! Dela consistem palestras, feitas por especialistas (psicólogos, médicos, professores), em estabelecimentos de ensino, comunidades, associações de bairro de todo o Brasil e de diversos países — além dos esclarecimentos que esses profissionais levam a milhões de leitores, ouvintes e telespectadores da Super Rede Boa Vontade de Comunicação (rádio, TV, publicações e internet) —, visando conscientizar os jovens sobre tamanho perigo.

Carta de um filho para o pai

Nos idos de 1980, apresentei, na Super Rede Boa Vontade de Comunicação (rádio, TV e publicações; hoje, formada também pela internet), “Carta de um filho para o pai”, reproduzida em O Imparcial, de Monte Alto/SP. Nela, um rapaz de 19 anos, a quem chamaremos de R., usuário de entorpecentes, escreve um bilhete de adeus ao seu pai. Diante da comoção dos ouvintes, determinei que o texto fosse impresso em diferentes idiomas. É indispensável o esclarecimento dos familiares. Por isso, nas passeatas e panfletagem, em conferências e nos meios de comunicação, orientamos os pais e os responsáveis a prestar maior atenção ao cotidiano dos filhos, dos jovens, às suas amizades, dúvidas, ambientes que frequentam.

O caso é verídico e ocorreu num hospital de São Paulo/SP.

Muito ainda precisa ser feito para extirparmos este cancro do seio das nações. Contudo, iniciativas semelhantes às da LBV e tantas outras organizações dão-nos a esperança de que, unidos, venceremos mais essa empreitada.

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.