Natal Permanente e renovação planetária

Fonte: Jornal de Brasília, edição de 24 de dezembro de 2013, terça-feira. | Atualizado em novembro de 2022.

Em 10 de dezembro de 2001 — data em que se comemora, desde 1948, o reconhecimento pela Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) da Declaração Universal dos Direitos Humanos —, encontrava-me na cidade de Buenos Aires, Argentina. Era madrugada. Naquela ocasião, redigi um documento aos Legionários da Boa Vontade que gostaria de compartilhar com vocês, prezados leitores:

Vivemos o mês do Natal de Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista. Apesar de que, na nossa concepção, o Natal deva ser permanente. Esta é a segunda carta que lhes encaminho sobre o assunto.

Tela: Carl Bloch (1834-1890)

Detalhe da obra intitulada: O Consolador.

O Templo da Boa Vontade, a Pirâmide dos Espíritos Luminosos, a Pirâmide das Almas Benditas, é o doce lar da Família Espiritual e Humana. Ele une, sem cessar, pela força da Caridade de Deus, os seres de todas as crenças e descrenças sob o pálio da Solidariedade Natalina.

Felipe Moreno/Thiago Bianchi

Vista aérea da Pirâmide de Sete Faces, o Templo do Ecumenismo Divino, após a Sessão Solene. Na foto, é possível ver peregrinos caminhando na espiral. 

Há, pelo mundo, quem fale em solidarismo, mas cujos atos são um desmentido brutal de suas palavras.

Jesus, o Divino Amigo de todos, exerceu, contudo, Seu Labor Celeste, até mesmo nos instantes da Cruz, quando foi torturado entre dois ladrões, aos quais dirigiu mensagem de Solidariedade, Regeneração e Esperança.

Iluminou o convívio social com prédicas e exemplos que, até hoje, estão para ser integralmente compreendidos por muitos que pensam governar o planeta.

Valendo-se do mais profundo sentido da Religião, Jesus tem realizado o Divino Serviço de equilibrar mentes e corações.

Passou Seu Apostolado redentor erguendo os amigos para o entendimento do alto significado do Reino do Pai.

Falou a todos os que O quiseram ouvir, para concretizar a sublime sementeira. Ela desabrocha nos corações quando o solo se torna apto à fertilização promovida pela humildade, que Ele sobejamente exemplificou.

Humildade corajosa

O Cristo demonstrou, porém, todas as vezes que foi necessário, que a humildade é, acima de tudo, corajosa. Não se descobre em Sua Vida um ato sequer de covardia na Missão que recebeu do Criador. Seu modelo é o da coragem. Por isso, ressuscitou para continuar ensinando e socorrendo solidariamente.

Suas ações foram coroadas pela persistência. Sua Fé Realizante provocou a renovação do mundo, tendo a Fraternidade Ecumênica entre Seus discípulos como fundamento. Pregou a união pelo Amor Fraterno do Seu Novo Mandamento — “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos” (Evangelho, consoante João, 13:34 e 35).

Sua Paciência e Trabalho perenes têm, pelos séculos, despertado as Almas, altar santo da prece, mesmo que Seu esforço Lhe tenha custado lágrimas de sangue.

Sua Presença fortalece-nos. Sua Generosidade mantém-nos vivos. Sua Misericórdia é o que nos sustenta. A Ele, o Libertador Celeste, devemos a decisão inderrotável de perseverar sempre no bom caminho, ainda que durante as mais terríveis procelas. Ele está no barco. Mais que isso: ao seu leme, dando “a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Evangelho, consoante Mateus, 22:21).

Só nos pede a permanência na Fé Realizante e Divinizante que remove montanhas, conforme Ele mesmo nos ensinou: “Se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis aos montes: — Saiam daqui, lancem-se ao mar, e assim acontecerá. Nada vos será impossível” Jesus (Evangelho, segundo Mateus, 17:20). E o confirma ao prometer que estará conosco, “todos os dias, até o fim do mundo” (Evangelho, consoante Mateus, 28:20). Com isso, sem cessar, sopra-nos, para o Espírito, vida nova. Realmente, todo dia é dia de renovar nosso destino.

Ceia especial

Ainda a respeito do amplo e irrestrito significado do Natal de Jesus para a Legião da Boa Vontade (LBV), para a Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo e para os que com elas cerram fileiras na construção “de um Brasil melhor e de uma humanidade mais feliz”, recordo trecho de circular que escrevi em Brasília/DF, datada de 4 de junho de 1997. Faz parte dos originais de minha obra Liderar sob a proteção de Deus. Dedico-a a todos os corações de Boa Vontade:

Elevemos uma fervorosa prece ao Cristo, nosso Senhor, porquanto este é o roteiro seguro que nos levará à vitória. No Cristo, venceremos, sempre, sempre e sempre! Que queremos nós senão oferecer aos deserdados do mundo uma Ceia Especial que nutra, para todo o sempre, os seus Espíritos sequiosos de um alimento que vem do Alto: Jesus, o Pão Vivo que desceu do Céu? (João, 6:50). E esse Pão que desceu do Céu igualmente é promover Desenvolvimento Social, Solidário e Sustentável, Educação e Cultura, Arte e Esporte, com Espiritualidade Ecumênica, para que haja Consciência Socioambiental, Alimentação, Segurança, Saúde e Trabalho para todos os seus componentes, despertando neles a Cidadania Planetária!

Tela: Pascal Dagnan-Bouveret (1852-1929)

Detalhe da obra: A Santa Ceia.

Um sonho que nos vem do Cristo de Deus, de forma que o tornemos uma instituição em toda a Terra, para o que precisamos desenvolver um sentido realista, a fim de infalivelmente conduzir multidões pelas estradas da Alma. Isso porque, nestes tempos de avançada tecnologia, é urgente que a humanidade seja mais sensível aos sentimentos generosos, que impulsionam a Fraternidade Ecumênica, a Generosidade e a Solidariedade Social, que andam fazendo bastante falta nos dias que correm.

Heróis da Boa Vontade Divina

Sigamos o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, unidos, solidários. Lutemos ao Seu lado. E a vitória, suplantando-se todas as ciladas do mal, será nossa. Quem confia em Jesus não perde o seu tempo, porque Ele é o Grande Amigo que não abandona amigo no meio do caminho.

Que a Paz de Deus esteja agora e sempre nos seus corações, heróis da Boa Vontade Divina! Com Jesus, venceremos sempre, sempre e sempre!

Um Feliz Natal a todos, e um Ano-Novo próspero em realizações no Bem!

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.