Pegar do tormento e alavancar a coragem: Diga não ao suicídio

Fonte: Reflexão de Boa Vontade extraída do livro “Tesouros da Alma”, de dezembro de 2017. | Atualizada em setembro de 2021.

Em Jesus, a Dor e a origem de Sua Autoridade — O Poder do Cristo em nós (2014), destaquei que, ao escrever esse livro, meu intuito foi o de mostrar aos prezados leitores que a Dor nos fortalece e nos instrui a vencer todos os obstáculos, por piores que sejam. Por isso, suicidar-se é um tremendo engano. É necessário saber conviver com a Dor e, com obstinação, sobrepujá-la. Para tanto, faz-se urgente conhecer e viver a Excelsa Lei, que rege os mundos, do micro ao macrocosmo, expressa no Mandamento Novo do Jesus Ecumênico: “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos. (...) Não há maior Amor do que doar a própria vida pelos seus amigos” (Evangelho, segundo João, 13:34 e 35; e 15:13). Essa é a forma de nos capacitarmos para pegar até do tormento e, com ele, alavancar a coragem.

David Marcu - unsplash

O suicídio golpeia a Alma

No encarte do CD da radionovela Memórias de um suicida*, afirmo que o suicídio é um ato que infalivelmente golpeia a Alma de quem o pratica. Ao chegar ao Outro Lado, ela vai encontrar-se mais viva do que nunca, a padecer opressivas aflições por ter fugido de sua responsabilidade terrena. Sofrerá continuamente os graves efeitos do suicídio — vendo aquilo que, um dia, foi o seu corpo apodrecer no túmulo —, até que se complete o tempo da própria vida material, que cortou criminosamente. Parece coisa de filme de terror, mas não é. Trata-se da mais pura verdade. Por isso, “a morte fugirá deles” (Apocalipse, 9:6). Isto é, pensando morrer, os que se suicidam permanecerão vivos, mais vivos do que nunca, somando às dores antigas (se é que as tinham tão cruéis como as imaginavam) cruciantes dores novas. É bom refletir sobre o assunto. Depois, não adiantará queixar-se. Nem haverá a quem se lamentar!

Convém assinalar que sempre alguém fica ferido e/ou abandonado com a deserção da pessoa amada ou amiga, em quem confiava, seja aqui ou no Mundo da Verdade. Igualmente, é de muito bom senso não olvidar que no Tribunal Celeste vigora o Amor, mas não existe impunidade.

Viver é melhor

Minha Irmã, meu Irmão, respeitosamente dedico a todos vocês este pensamento:

A vida continua sempre, e lutar por ela vale a pena. Ainda que se apresente a escuridão da noite, o Sol nascerá no horizonte, derrotando as trevas e trazendo a claridade aos corações. Por isso, proclamamos: o grande segredo da vida é, amando a vida, saber preparar-se para a morte, ou Vida Eterna. Ressalte-se: o falecimento deve ocorrer somente na hora certa determinada por Deus.

Se passarmos os olhos ao nosso redor, veremos que existem seres humanos e até mesmo animais em situação mais dolorosa que a nossa, precisando que lhes seja estendida mão amiga. Não devemos perder a oportunidade de ajudar. Àquele que auxilia jamais faltará o amparo bendito que lhe possa curar as feridas.

Viver é melhor!

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* Memórias de um suicida — Por iniciativa de Paiva Netto, a gravadora Som Puro lançou, a exemplo de Há Dois Mil Anos50 Anos DepoisNosso Lar e Sexo e Destino, a radionovela Memórias de um suicida, adaptação do livro homônimo, que foi psicografado pela respeitada médium brasileira Yvonne do Amaral Pereira (1900-1984) e cujos direitos autorais pertencem à FEB. Na história, Camilo Cândido Botelho (pseudônimo), ao ficar cego, no término do século 19, após vivenciar vários conflitos conjugais e familiares e a decadência financeira, suicida-se, aos 65 anos, acreditando que “a morte seria o fim” de seu sofrimento. Mas, como na Profecia de Jesus no Apocalipse, 9:6, a morte não o aceita, e Camilo (Espírito), mais vivo do que antes, vê seus dramas multiplicados. Depois de mais de cinquenta anos de padecimentos e remorsos jamais experimentados por ele na Terra, enfim encontra o caminho da redenção e da renovação espiritual. Essas e outras obras podem ser adquiridas pelo site www.clubeculturadepaz.com.br.

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.