Reforma do ser humano

Fonte: Reflexão de Boa Vontade extraída do livro “Tesouros da Alma”, de novembro de 2017. | Atualizada em novembro de 2021.

Ao trabalharmos pela erradicação da pobreza, promovendo prosperidade às populações, é essencial que primeiro modifiquemos a mentalidade dos seres humanos. Mas em que bases? Nas do Espírito, desde que não considerado uma simples projeção da mente. É preciso, antes de tudo, depositar plena confiança na capacidade das gentes. E mais: ver as criaturas com Boa Vontade, se quisermos formar cidadãos corretos, felizes, competentes, produtivos, em termos nacionais e planetários, proporcionando-lhes efetivas oportunidades. Devemos destacar suas virtudes e corrigir, com educação eficaz, aquilo que mereça acerto.

Carlos Cesar Da Silva
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Eleanor Roosevelt

Não se pede um repentino milagre — embora nada seja impossível —, mas, sim, o fortalecimento de um ideal que se estabeleça, etapa por etapa, até que se complete o seu extraordinário serviço. Eleanor Roosevelt (1884-1962), a notável presidente da Comissão dos Direitos Humanos na ONU, para definir com precisão essa espécie de bom embate, pessoal e coletivo, visando a um mundo melhor, afiançou: “Para alcançar a Paz, devemos reconhecer a verdade histórica de que já não podemos viver separados do resto do mundo. Devemos também reconhecer o fato de que a Paz, assim como a liberdade, não é obtida de uma única vez e em definitivo; é uma batalha diária por mais territórios e o resultado de muitos esforços individuais”.

Contudo, é preciso não perder de vista: liberdade sem responsabilidade e Fraternidade Ecumênica é condenação ao caos. E mais: a tão pretendida mudança estrutural deve contar com o poder da razão e com o melhor do sentimento da criatura. Caso contrário, ela continuará expressando a vontade nefelibata em que, por vezes, quase se transformou. Urge, pois, aliar mente e coração para atingir os nobres propósitos sob os auspícios das mais elevadas aspirações. Que fitem os olhos as alturas, mas convém que os pés no chão permaneçam firmados.

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Madame Curie

Madame Curie (1867-1934) — Prêmio Nobel de Física de 1903 e de Química de 1911 —, que, com esforços e sacrifícios incontáveis, levou a Ciência a tantas conquistas, do alto de sua perseverança arrematou: “Jamais devemos sonhar em construir um mundo melhor sem o aperfeiçoamento dos indivíduos. Para esse fim, cada um de nós precisa trabalhar pelo próprio progresso e, ao mesmo tempo, compartilhar a responsabilidade geral por toda a humanidade”.

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Booker T. Washington.

O renomado educador norte-americano Booker T. Washington (1856-1915) — primeiro presidente da lendária Escola de Tuskegee, que se dedicou a criar condições melhores de crescimento individual para os ex-escravos e seus descendentes e para os indígenas, pelos quais também trabalhou, a partir sobretudo da Educação — escreveu: “Não há defesa ou segurança para nenhum de nós a não ser na mais alta inteligência e no desenvolvimento superior de todos”.

É evidente que isso, hoje, se aplica a toda a raça humana, o Capital de Deus, consoante seguramente desejava, na profundidade de seus anseios, o infatigável dr. Booker, cuja Alma vislumbrava um futuro em que o racismo, que considero um cancro social, não mais exista.

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ServiçoTesouros da Alma (Paiva Netto), 304 páginas. À venda nas principais livrarias ou pelo site www.PaivaNetto.com/livros.

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.