Dia do Trabalho

Fonte: Jornal de Brasília, edição de 1º de maio de 2012, terça-feira.

O primeiro Congresso da LBV dedicado aos Trabalhadores de Boa Vontade ocorreu no Rio de Janeiro/RJ, a 1o​ de maio de 1983, na sede do Botafogo Futebol e Regatas. A LBV, desde Alziro Zarur (1914-1979), seu saudoso fundador, chama esses milhões de batalhadores de Irmãos Operários de Deus, porque não há incentivo maior do que colocá-los sob a Proteção Divina. É preciso acreditar no brasileiro, que só pede seja respeitado, para que o tão auspicioso milagre aconteça. O povo trabalha! E, se há no Brasil quem não o faça, certamente não é ele.

Arquivo BV

Alziro Zarur   

Naquela ocasião, tendo como lema: “Todos somos iguais perante Deus. O trabalho é que estabelece as diferenças”, assim me expressei: Quem é o exemplo de trabalhador? Jesus, no planeta Terra, porque o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, que é o nosso modelo e em Quem sempre vamos buscar inspiração, disse que o maior de todos é o próprio Deus: “Meu Pai não cessa de trabalhar” (Boa Nova do Cristo, segundo João, 5:17). Como podemos abrir mão da melhor referência? O mundo carece de bons exemplos. Não existem maiores que Deus e Jesus. (...) Eis, pois, que o Pai Celestial é o Operário-Padrão para o Universo, e o Cristo, para este orbe. Ora, que querem os Irmãos trabalhadores senão uma vida mais digna? E, quando falo neles, não me refiro apenas ao Irmão proletário, mas aos homens e às mulheres de diferentes condições sociais que realmente laboram, porque todos somos operários em nossa existência.

Em 1988, nessa mesma data (1o de maio), encontrava-me na capital fluminense para comandar o 6o Congresso dos Irmãos Operários de Deus. Naquela oportunidade, ao ser entrevistado, comentei com o repórter Lorival Vitorino, da Rádio Nacional:

Espalhou-se no Brasil uma ideia contra a qual me levanto: a de que o brasileiro é malandro. Surpreendentemente há aqueles que, de forma jocosa, divulgam esse ponto de vista, quase que aderindo à calúnia. Ora, quem vemos pelas madrugadas pendurados nos ônibus e trens? Pessoas que só conseguem estar com seus filhos no fim de semana. E quando conseguem!... A gente brasileira labuta, sim senhor! A elite de um país é o seu povo!

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.