Dessectarização do Cristianismo

Fonte: Reflexão de Boa Vontade extraída do livro "Jesus, a Dor e a origem de Sua Autoridade – O Poder do Cristo em nós". | Atualizado em outubro de 2019.

Neste 1o de fevereiro, celebramos importante passo para a Volta Triunfal do Cristo de Deus, mais um ano da criação da Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, que nasce para iluminar o conteúdo ideológico (espiritual e humano) dos seres de Boa Vontade, da Terra e do Céu da Terra, em todas as áreas de atuação, para que sua forma de exprimir-se e de existir não seja espiritualmente vazia, e que, por isso, a Doutrina do Cristo, em Espírito e Verdade, à luz do “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos” (Evangelho, segundo João, capítulos 13:34 e 35) cumpra sua notável tarefa de esclarecer e libertar as criaturas, pois o Criador deseja que ninguém se perca (Segunda Epístola de Pedro, 3:9). Por isso, criou a Lei da Reencarnação ou das possibilidades sucessivas de remissão (...).

Tela: James Tissot (1836-1902)

Detalhe da obra: Jesus senta-se à beira-mar e prega.

Ressalto que, para isso, é necessário dessectarizar o Cristo. Esta é a extraordinária tarefa desempenhada pela Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista. Significa ampliar o entendimento do Poder e da Ação Esclarecedora e Pacificadora do Sublime Taumaturgo nos corações humanos.

Arquivo BV

Alziro Zarur   

No conceito fraterno e solidário da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, proclamada por Alziro Zarur (1914-1979), o Cristianismo do Cristo universalmente ama a Humanidade. A recomendação de Jesus, o Ecumênico por excelência, no Seu Evangelho, segundo João, 13:34 e 15:13, é muito clara: “Amai-vos como Eu vos amei. (...) Não há maior Amor do que doar a própria vida pelos seus amigos”.

Eis, portanto, um ponto pacífico de convergência de todos os rebanhos do mundo, isto é, transcendendo a Religião, esse divino sentimento é excelente ferramenta de diálogo entre ela e a Ciência, a Política, a Filosofia, a Economia, a Arte, o Esporte, a vida pública e a vida doméstica, enfim, entre todos os ramos das realizações terrenas. Essas expressões do saber humano carecem do banho lustral do Mandamento Novo do Cristo, de forma que alcancem a supina iluminação dos seus setores. Existe algo além do Além...

Jesus Dessectarizado

Diante dessa abrangência universalista, é nosso empenho, na Religião do Terceiro Milênio, apresentar Jesus Dessectarizado, sem arestas, para que Ele possa surgir em toda a Sua Divina Grandeza, com Poder e Autoridade, a qualquer consciência do mundo.

Reprodução BV

Há 30 anos, antes da inauguração do Templo da Boa Vontade, em 1989, o jornalista e cineasta polonês Roman Dobrzyński esteve no Brasil para entrevistar Paiva Netto.

Grafei esse conceito da dessectarização do Cristo durante entrevista que concedi, em 1989, ao produtor de documentários da TV polonesa, à época vice-presidente da Associação Universal de Esperanto, jornalista Roman Dobrzyński. Na ocasião, ele, ao analisar a missão do Templo da Boa Vontade (TBV), o Templo do Ecumenismo Divino, que eu inauguraria em 21 de outubro daquele ano, em Brasília/DF, arguiu-me sobre como podia pregar o Ecumenismo Irrestrito falando em Jesus. Resumindo o que há décadas tenho elucidado acerca de assunto tão fundamental da doutrina da Religião do Terceiro Milênio, respondi que uma das grandes tarefas da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo é dessectarizá-Lo, pois Jesus é o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, e concluí: o Provedor Celeste não é um rancoroso exclusivista. Ele é um Ideal Sublime de Humanidade, Amor, Solidariedade, Justiça e Compaixão para todos os seres espirituais e humanos. Jesus é uma conquista diária para os que têm sede de Saber, de Misericórdia, de Fraternidade, de Generosidade, de Liberdade, de Solidariedade e Igualdade, segundo a Lei Universal da Reencarnação, “que dá a cada um de acordo com as obras de cada um” (Evangelho, segundo Mateus, 16:27).

Jesus, em Si mesmo, não constitui fator de rancores e guerras.

Tela: Gebhard Fugel (1863-1939)

Detalhe da obra: Cristo curando os enfermos.

Faz-se necessário esclarecer que, quando Jesus asseverou, no Seu Evangelho, segundo Mateus, 10:34, “não penseis que vim trazer paz à Terra; não vim trazer paz, mas espada”, de forma alguma estava incitando a violência. O saudoso Irmão Zarur apresentava, em suas preleções, uma equilibrada e elucidativa versão a essa famosa passagem: “Não penseis que vim trazer comodismo à Terra”.

É só observar que Jesus pregou, com o Seu Novo Mandamento, o Amor elevado à enésima potência. O que as criaturas terrenas fizeram com a Sua Mensagem é criação reducionista delas (...).

Revelar o excelso significado do Seu Evangelho e do Seu Apocalipse, sem odiosa intolerância, ou seja, em Espírito e Verdade, à luz desse Amor Fraternal, é um destacado serviço que a Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo está prestando à sociedade do mundo (...).

Roman tornou-se admirador e divulgador desse ideal de Boa Vontade, constantemente encaminhando à Religião do Terceiro Milênio histórias e experiências vivenciadas quando de suas palestras e aulas em diferentes lugares do globo, entre estas as ministradas na Universidade de Pequim, na China.

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.