Camada de ozônio e flagelos do Apocalipse

Fonte: Jornal A Tribuna Regional, de Santo Ângelo/RS, edição de 25 e 26 de setembro de 2010, sábado e domingo. | Atualizado em agosto de 2022.

Ao comentar em meus artigos sobre a camada de ozônio do planeta, prometi voltar ao assunto, intrinsecamente ligado à nossa sobrevivência, visto que ela nos abriga dos raios nocivos à vida humana.

Nasa

Os Sete Flagelos e ação humana

Chamou a atenção dos meus leitores a similitude da mensagem do Apocalipse de Jesus, no Quarto Flagelo, 16:8 e 9, com o tema em questão: 

O Quarto Flagelo

“8 O Quarto Anjo derramou a sua taça sobre o sol, e lhe foi dado afligir os homens com calor e fogo.

“9 Com efeito, os homens se queimaram com o intenso calor, e blasfemaram o nome de Deus, que tem a autoridade sobre estas pragas, e não se arrependeram para Lhe darem glória.”

Uma linguagem profética de há quase dois mil anos que diz muito dos tempos atuais. Apesar do conhecimento que se têm dos efeitos nocivos de uma exposição exagerada ao sol, há quem isso não reconheça (que significa “ranger os dentes contra Deus”) e se coloque entre os que poderão desenvolver, por exemplo, câncer de pele, catarata ou outras doenças.

Tela: Sátyro Marques (1935-2019)

Título da obra: O segundo flagelo.

Avisos do Supremo Criador

Trago, por oportuno, trecho de improviso radiofônico, de 1991, com a análise dos Sete Flagelos, na série “A Instituição dos Diáconos”, que apresentei nas aulas da série "O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração":

Reprodução BV

Paulo

(...) Advertiu um mentor das Claridades Divinas que — “Se a semeadura é livre, a colheita é obrigatória”. Daí entendermos o porquê dos Sete Flagelos, citados nos capítulos 15 e 16 do Apocalipse. Trata-se da vindima de uma semeadura irresponsável. Paulo Apóstolo aconselhou, em sua Epístola aos Gálatas, 6:7: “Não vos deveis enganar, porque Deus não se deixa escarnecer; aquilo que o homem semear, isso mesmo terá de colher”.

Tela: Cristóbal García Salmerón (1603-1666)

João Evangelista

Vamos ao versículo primeiro do capítulo 15 da Revelação de Jesus segundo João — Os Sete Flagelos: “Vi no Céu outro sinal grande e admirável: Sete Anjos se preparam para lançar sobre o mundo os Sete últimos Flagelos com que se consumou a cólera de Deus”.

Um sinal do Céu já é algo muitíssimo significativo. Mas João faz questão de ressaltar que este outro sinal é grande e admirável. É como a nos chamar a atenção para o fato de que não podemos andar distraídos diante do que nos poderá sobrevir, pois a manifestação celeste é realmente grandiosa, admirável mesmo: nada menos do que Sete Anjos traziam os Sete Flagelos, que eram os últimos da série de coisas graves — por que não dizer terríveis? — que nós, seres humanos, fomentamos pelos milênios, tais como os males causados à camada de ozônio, muito mais prejudiciais do que pode imaginar a humanidade desatenta, em sua maioria, distraída dos avisos do Supremo Criador de todos nós.

O exemplo do telhado

Para ilustrar essa realidade realmente apocalíptica, criada pelos homens e não por Deus, é como se, levianamente, tivéssemos derrubado o telhado de nossa casa e exposto a família e nós próprios às intempéries, em um clima já afetado pela irresponsabilidade de seres gananciosos. Só que o “aguaceiro” que cai do Cosmos, atravessando o telhado aberto no topo atmosférico da Terra, deixa passar coisas piores que chuva, mesmo quando ácida. Aí está algo sobre a ação dos Sete Flagelos, provocados pela nossa incúria, que reforça a validade dos alertamentos divinos contidos no Livro das Profecias Finais. Exemplo disso temos na descrição do Sétimo Flagelo, capítulo 16, versículo 21 do Apocalipse: 

“Também desabou do céu sobre os homens grande chuva de pedras, que pesavam cerca de um talento; e, por causa do flagelo da saraivada, os homens blasfemaram de Deus, porquanto o seu tormento [causado pelos próprios seres humanos] era sobremodo grande”.

Temos, portanto, que — perdendo o medo do Apocalipse — serenamente desvendar suas advertências, enquanto há tempo, e criar juízo para defender nossas vidas, porque a esperança é infinita. (...)

Inspirado no Cristo, tenho afirmado: o ser humano preferencialmente cresce quando desafiado pelos problemas da existência. Por isso, também com o pensamento elevado ao Divino Educador, venho lembrando a Vocês que é nos momentos de crise que se forjam os grandes caracteres e surgem as mais poderosas nações. Quando estamos integrados em Deus, as dificuldades só nos fazem crescer. Ensinam-nos a lutar com acerto.

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.