Relembre a história da "Prece para ter Tranquilidade", do compositor Paiva Netto

Equipe do Blog Paiva Netto

A data era 4 de fevereiro de 1999, e o local, Glorinha/RS. O relógio marcava 19h40. O compositor Paiva Netto chegou à sala de música e foi direto ao piano. A melodia trazia serenidade. Enquanto tocava, dizia: "Os pizzicatos aqui representam o pulsar do coração tranquilo". Depois de apresentar a nova composição, fechou o piano e enunciou: "Agora, vamos à letra: ‘Só Jesus salva!/ Dele a Paz virá,/ Para o coração/ Que quer Seu perdão./ Vem, ó Mestre, a nós!/ Não nos deixes sós!/ Tudo é sempre dor/ Sem o Teu Amor!’"

Nascia, há 25 anos, a Prece para ter Tranquilidade, para confortar e amenizar as dores de todos os que sofrem.

Arquivo BV

A Prece para ter Tranquilidade, que faz parte do Oratório “O Mistério de Deus Revelado”, foi gravada com interpretação do National Phillharmonic Choir “Svetoslav Obretenov” e pela Sofia Symphony Orchestra, da Bulgária, com solos de Nina Marinkova (soprano), Sonia Tsoneva (contralto) e Svilen Rajtchev (barítono), sob a regência do maestro Ricardo Averbach e com o arranjo do Maestro Legionário Vanderlei Pereira.

Sobre esta composição, o maestro Legionário Vanderlei Pereira, que acompanhou esse momento, recorda um fato curioso: “Quando o Irmão Paiva compôs Prece para ter Tranquilidade, ele pediu que eu, na hora do arranjo, colocasse os pizzicatos no contrabaixo. Pizzicato é uma palavra italiana que significa ‘beliscando’, aquele som característico que faz tum, tum, tum, e não é com o arco que o músico executa; ele usa os dedos, toca como se tivesse beliscando mesmo as cordas, e elas dão aquele som característico. O compositor explica que esse efeito representa o pulsar do coração tranquilo”.

A premissa de Paiva Netto é a de que sua música seja direcionada para o povo. Por isso, suas composições são simples, mas originais e não perdem a beleza, como ele mesmo esclarece: “Eu tenho um costume. Faço música para o povo, para tocar o coração. A melodia para o povo é aquela que o faz sair cantando. Então, o que eu faço? Convido a todos os que trabalham comigo a cantar. Digo: ‘Escuta, pessoal, tenho aqui uma musiquinha que fiz. Conto com a ajuda de Vocês. Já sabem: se Vocês cantarem, todo mundo vai cantar’”.

Ainda sobre a Prece para ter tranquilidade, vale lembrar que, em certa ocasião, foi escolhida para concluir aula de 16 mil regentes na Espanha. Essa música integra o Oratório OMistério de Deus Revelado, do compositor, que superou a marca de 550 mil cópias vendidas. O oratório foi escrito em Portugal, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e em Brasília/DF (1998), Brasil, sob a inspiração do genial Villa-Lobos (1887-1959). 

A canção também foi apresentada, em outubro de 2002, noEspetáculo Música Legionária — Ao Cristo com decisão!, realizado durante as celebrações do 23º aniversário do Templo da Boa Vontade (TBV), o Templo do Ecumenismo Divino, em Brasília, DF. Convidamos você a assistir este belo momento, aproveitando para elevar seu pensamento a Jesus, o Divino Amigo, e tranquilizar o seu interior: 

 

Sobre o autor

O compositor e produtor musical Paiva Netto, cuja obra fonográfica vendeu milhões de cópias, teve sua paixão pela música despertada por seus pais, Idalina Cecília (1913-1994) e Bruno Simões de Paiva (1911-2000). Deles herdou também o sentimento fraterno e o senso de humanidade, tão marcantes no conjunto de suas composições. No Colégio Pedro II (Rio de Janeiro/RJ), onde recebeu o título de Aluno Eminente (possuindo placa de bronze na sede do órgão carioca), teve aulas com o professor Homero Dornelas (1901-1990), assessor do notável compositor e maestro Villa-Lobos (1887-1959). Entre as múltiplas atividades que desenvolveu inicialmente, foi sonoplasta dos programas radiofônicos do saudoso Proclamador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, o radialista e poeta Alziro Zarur (1914-1979), o que acentuou ainda mais seu ouvido musical. Não obstante a extrema dedicação à causa da Boa Vontade, sua ligação com a música não se perderia. Leia mais em: compositor Paiva Netto.