O Novo Mandamento de Jesus e a Família Universal (Parte I)

Fonte: Revista JESUS ESTÁ CHEGANDO!, edição 114, de outubro de 2012.

No dia 30 de junho de 2012, sábado, houve a conclusão do 37o Fórum Internacional da Juventude Ecumênica Militante da Boa Vontade de Deus no Brasil e no exterior. Sob o comando do Presidente-Pregador da Religião Divina, José de Paiva Netto, a sessão solene foi transmitida pela Super Rede Boa Vontade de Comunicação (rádio, TV e internet) para todo o mundo.

O tema central dos debates, “A Grande Família Humanidade”, ganhou — com a mensagem do Irmão Paiva — uma dimensão espiritual ainda mais ampla, que coroou as reflexões da Juventude Ecumênica sobre o assunto. O líder da Religião Divina acrescenta ao substantivo “Família” a indispensável função do verbo “amar”, fundamentado no Novo Mandamento de Jesus: “Amai-vos como Eu vos amei” (Evangelho, segundo João, 13:34). É uma concepção em que a Família abrange o Universo, com suas formas de vida conhecidas e outras ainda por serem descobertas.

Nesta edição, apresentamos a primeira parte desse discurso, cujo conteúdo é inspiração de paz e progresso para todos.

Os editores

Irmão Paiva: Deus Está Presente!

Todos: Viva Jesus em nossos corações para sempre!

Arquivo BV

Alziro Zarur 

Irmão Paiva: Estamos aqui reunidos no 37o Fórum dessa Mocidade extraordinária, dessa Juventude Militante que trabalha “por um Brasil melhor e por uma Humanidade mais feliz”, conforme esse brado do saudoso Proclamador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, Alziro Zarur (1914-1979).

Toda essa batalha está sob os auspícios de Jesus! É a grande diferença, a respeito da qual gostaria de discorrer um pouco, com Vocês, hoje aqui.

Exaltamos constantemente o Novo Mandamento do Cristo Ecumênico, o Divino Estadista. Mas será que todos sabem o real significado dessa Norma de Amor Celeste? Será ela apenas “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos” (Evangelho, segundo João, 13:34 e 35)?

Precisamos saber em profundidade o que é o Novo Mandamento. Afinal, ele é a Política de Deus! Daí a minha luta em falar e escrever sempre acerca do valor inestimável que possui para a consolidação, no Bem, das leis no mundo.

Vejam, por favor, o que escrevi em Jesus, o Profeta Divino, particularmente no subtítulo “A Ciência do Novo Mandamento”, além, é claro, do primeiro livro da Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista: Paiva Netto e a Proclamação do Novo Mandamento de Jesus — A saga heroica de Alziro Zarur (1914-1979) na Terra (Editora Elevação, 2009).

O Novo Mandamento do Cristo é a grande reforma do mundo

Por exemplo: Jesus nos deu o Seu Novo Mandamento. Entretanto, fazer o que com ele? Em minhas análises, tenho-lhes demonstrado a abrangente influência dessa Ordem do Provedor Celeste na Religião, a começar por ela, mas também na Ciência, na Política, na Filosofia, na Vida Doméstica, na Vida Pública, na Arte, no Esporte, e por aí vai... Temos que sentir isso em nossa Alma. O Novo Mandamento do Divino Crucificado é a nossa verdadeira revolução. Ele é a grande reforma do mundo, dure o tempo que custar.

A Ordem do Cristo e o tema do Fórum

Estou citando aqui o Novo Mandamento porque tem tudo a ver com o foco do 37o Fórum Internacional do Jovem Militante da Boa Vontade de Deus: “A Grande Família Humanidade”. Ele é a base dessa Família Universal. Então, desde o princípio de minha palavra, estou tratando do tema de Vocês porque o Novo Mandamento de Jesus é a sustentação desse elo familiar mundial.

Vocês querem fazer uma profunda reforma no planeta?

Todos: Queremos!!!

Irmão Paiva: Então, observem a profundidade espiritual do Mandamento Novo do Mestre Amigo! Estudem-no nas publicações da Religião do Terceiro Milênio, em toda a sua essência. Examinem o que a Religião do Amor Universal trouxe de novidade acerca dessa Ordem Suprema. Sobretudo, procurem vivê-la em sua plenitude. É isso!

Muito a propósito, fui buscar na nova edição do livro sobre a Proclamação do Novo Mandamento do Pedagogo Celeste, primeira publicação da Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, esta minha página: “Expressão verídica de Justiça e de Amor”.

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Adendo I

Expressão verídica de Justiça e de Amor

Muitos ainda confundem Amor com passividade ou impunidade, quando o seu significado é exatamente o oposto. Ora, é inconcebível haver sociedade justa sem que ela receba a sacrossanta iluminação do Mandamento Novo do Divino Legislador. Por simples dedução ou pela mais pura lógica — aquela que não se nega a reconhecer a existência de uma Sabedoria acima de todo o conhecimento terrestre —, notamos que Jesus, o Estadista por excelência, preocupou-se em revelar Sua Instrução Máxima em forma de Lei, para estabelecer a ordem: “Amai-vos como Eu vos amei” (Boa Nova, consoante João, 13:34).

Somos então colocados diante do maior de todos os Seus preceitos, a base da Constituição Legal do Cosmos. Ele igualmente outorgou regulamento à Lei: “Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos” (Evangelho, segundo João, 13:35, de acordo com a Bíblia de Jerusalém).

Logo, devemos imediatamente relacionar a acepção de Justiça à de Amor. No entanto, falo-lhes daquela inspirada nos ditames superiores, que não podem ser tomados pelas barbaridades exercidas em nome do Pai Celestial e do Direito, no decorrer dos milênios.

De Sociologia do Universo

Escrevi, em Sociologia do Universo, que devemos ser tolerantes, contudo, comprovado o delito, cumpra-se a Lei (Lei justa, é claro), visto ser a impunidade sepulcro para as nações.

Arquivo BV

Montesquieu

Arquivo BV

Confúcio

O intrépido Montesquieu (1689-1755) é quem observa: “Uma coisa não é justa porque é lei, mas deve ser lei porque é justa”.

Contra a injustiça devemos incansavelmente lutar com as armas do Mandamento de Jesus (João, 13:34 e 35), posto que, como no ensinamento de Confúcio (551-479 a.C.), consignado por seus seguidores: “O objetivo do castigo é dar um fim ao próprio castigo”.

O Amor nunca pode ser encarado como algo frágil. Do contrário, Gandhi (1869-1948) não concluiria que: “Se um único homem atingir a plenitude do Amor, neutralizará o ódio de milhões”.

Arquivo BV

Mahatma Gandhi

Tenhamos, pois, sempre em mente, como ressalto em Sociologia do Universo, que a Fraternidade é a Lei. A Ética, a sua disciplina. A Justiça, a aplicação. Ninguém mais infeliz do que o indigente da Fé e da Caridade.

Flexa Dourada e o Mandamento de Jesus

Nosso amigo Espírito Flexa Dourada, pela sensitividade do Legionário Chico Periotto, lembra que é preciso ter: “O Novo Mandamento de um lado e mão disciplinadora do outro. Isso é Jesus. E assim nos leva para a frente. A revolução toda está nisto: é saber entender o que Jesus sente, pensa e quer. O Novo Mandamento de Jesus muda [para melhor] os Espíritos em provação. É importante que a mão disciplinadora acompanhe a mão do Novo Mandamento de Amor”.

Em meu artigo “Educação e voluntariado em alta”, expliquei que as Palavras do Sublime Pedagogo sobrevivem porque expandem forte mensagem moral, ética, social, humana e espiritual de que todo povo carece. Ao estudá-las, sempre em Espírito e Verdade à luz do “Amai-vos como Eu vos amei”, passamos a assimilar — com o fluir do tempo, que Zarur chamava de “o grande Ministro de Deus” o conceito de Justiça unido ao de Bondade. Não sendo, portanto, cúmplice do que está errado, mas incorporando à Alma essa elevada aliança civilizadora, como o sentimento de benevolência. Este que nasce do coração criado por um Deus que “é Amor”, na definição de Jesus, Religioso e Compassivo, por intermédio de João Evangelista (Primeira Epístola de João, 4:8). A fim de tornar mais claro o raciocínio, volto a citar valiosa advertência de Confúcio, com a qual desde cedo me alinhei. Ele afirma, do alto de sua sabedoria milenar: Paga-se a Bondade com a Bondade, mas o mal com a Justiça”.

O famoso pensador chinês evidentemente não se referia à vingança, que é antípoda ao sentido de Justiça verdadeira.

O direito de defesa

Num improviso que proferi na cidade do Rio de Janeiro/RJ, declarei que a Justiça Divina é justamente a expressão verídica do Amor que, tantas vezes, educa com severidade.

Aqui uma explicação se faz necessária: não nos esqueçamos também daquela lição iniciática que o Irmão Zarur definiu como 7o Mandamento dos Homens e Mulheres da Boa Vontade de Deus: “Perdoar é transferir o julgamento à Lei de Deus. Mas o Pai não proíbe que Seus filhos se defendam dos maus”.

(...) O amadurecimento nos irá revelando essa Augusta Face do Pai Celeste, a qualidade pedagógica de Seu Amor e de Sua Justiça aliados.

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Emmanuel

Em Caminho, Verdade e Vida, Emmanuel, com sua pena impecável, é categórico: “Infinita é a misericórdia de Jesus nos movimentos da vida planetária. No centro de toda expressão nobre da existência pulsa Seu coração amoroso, repleto da seiva do perdão e da bondade. Os homens são varas verdes da árvore gloriosa. Quando traem seus deveres, secam-se porque se afastam da seiva; rolam ao chão dos desenganos, para que se purifiquem no fogo dos sofrimentos reparadores, a fim de serem novamente tomados por Jesus, à conta de Sua misericórdia, para a renovação”.

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Allan Kardec

Escreveu Allan Kardec (1804-1869), em O Céu e o Inferno: “A misericórdia de Deus é infinita, mas não é cega. (Os destaques são nossos.)

Justiça não é vingança

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Dietrich de Holbach

Não obstante, o perigo aparece quando o ser humano, ainda imperfeito, geralmente vingativo, “toma” o lugar de Deus ou do Direito que visa à perfeita Justiça, ao equilíbrio da estrutura institucional. Aí se estabelece todo o malefício que vem desgraçando os povos. Atentemos para esta consideração do filósofo francês de origem alemã Dietrich de Holbach (1723-1789): “A vingança serve apenas para eternizar as inimizades no mundo. O fútil prazer que nos causa é sempre seguido de eterno arrependimento”.

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Antoine de Saint-Exupéry

Concordo com Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944), aplaudido autor de O Pequeno Príncipe, que, ao refletir sobre o poder transformador do sentimento, afirmou: “Só os caminhos invisíveis do amor libertam os homens”.

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Perseverança em Jesus

E agradeço a todos pelas manifestações quanto aos meus 56 anos de Legião da Boa Vontade.

Todos: Aplausos!

Irmão Paiva: É só levar a sério o que Jesus disse: “Aquele que perseverar até o fim será salvo” (Evangelho, segundo Mateus, 24:13). “Na vossa perseverança salvareis as vossas Almas” (Boa Nova, consoante Lucas, 21:19).

Então, perseverem, perseverem, perseverem e perseverem! Não há outro caminho, porque foi Jesus quem mandou perseverar Nele próprio:

A videira e os ramos

(Evangelho, segundo João, 15:1 a 11)

“1 Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai, o viticultor.

“2 Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, Ele o corta; e todo o que dá fruto, limpa, para que produza mais ainda.

“3 Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho anunciado.

“4 Permanecei em mim e Eu em vós. Assim como o ramo não pode dar fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, o mesmo vos sucederá se não permanecerdes em mim.

“5 Eu sou a videira verdadeira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e Eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podereis fazer.

“6 Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam ao fogo e o queimam.

“7 Se permanecerdes em mim e as minhas palavras em vós permanecerem, pedireis o que quiserdes, e vos será concedido.

“8 A glória de meu Pai está em que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.

“9 Como o Pai me amou, assim também Eu vos amei; permanecei no meu Amor.

“10 Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu Amor; assim como tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no Seu Amor.

“11 Tenho-vos dito estas coisas, a fim de que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa”.

Confiança eterna em Jesus

Que assim seja!

Quem confia em Jesus não perde o seu tempo, porque Ele é o Grande Amigo que não abandona amigo no meio do caminho.

(Continua)

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.