A crença nos Espíritos como “vantagem adaptativa”

Fonte: Reflexão de Boa Vontade extraída do livro “Os mortos não morrem”, de outubro de 2018. | Atualizada em maio de 2021.

Entender o que ocorre quando se deixa o plano físico, crer na eternidade da vida, comunicar-se com os ancestrais em Espírito, entre outras questões, acompanham os grupos humanos desde o princípio das eras. Estudiosos têm buscado compreender como essas crenças se manifestam psicológica e socialmente. Para muitos deles, a exemplo do antropólogo franco-americano Pascal Boyer, a crença em seres sobrenaturais é universal às religiões e é considerada pelos pesquisadores uma “vantagem adaptativa”.

O igualmente antropólogo norte-americano Michael Winkelman, em entrevista também ao programa Conexão Jesus — O Ecumenismo Divino, da Super Rede Boa Vontade de Comunicação (rádio, TV, internet e publicações), afirmou: “Por que é tão natural que a gente acredite nos Espíritos? (...) Nossos princípios biológicos nos levam a ter esse tipo de crença, por isso é natural para o ser humano acreditar nos Espíritos, pois temos evoluído certas capacidades mentais que nos conduzem a esse tipo de crença. (...) O mundo dos Espíritos tem um papel muito importante na evolução das pessoas e da sociedade. A ideia dos Espíritos nos dá uma referência a ser incorporada para melhorar nosso próprio comportamento. Ela igualmente nos oferece uma possibilidade de uma sociedade maior, mais bem integrada e com melhor funcionamento”.

A influência do Mundo Espiritual sobre o mundo da matéria, da qual trata o dr. Winkelman, é corroborada por vários pesquisadores. O debate ainda se amplia em relação à hipótese de estarmos programados para crer em Espíritos e exteriorizar nossa Religiosidade. Podemos mesmo dizer que esse sentido espiritual favoreceu nossa sobrevivência. Afinal, estamos nós, Homo sapiens sapiens, aqui para contar a história e não outro tipo de hominídeo.

Imaginem os benefícios que herdamos, como coletivo social, do indispensável cuidado da Espiritualidade Superior para conosco?! Quantos nobres e elevados valores podemos desenvolver por inspiração consciente ou inconsciente, vinda do coração generoso de abnegadas Irmãs e devotados Irmãos que, do Outro Lado da Vida, derramam sobre nós o amparo celestial? Citemos o perdão para ilustrar isso. A sociedade entraria em colapso sem esse divino postulado. E ele está na base das tradições de fé em todo o mundo, porquanto é ensinamento cuja origem vem do mais alto. Não foi sem propósito que Jesus, o Supremo Ligador do Céu à Terra, tanto difundiu esse princípio de transcendente teor espiritual:

Quantas vezes se deve perdoar a um irmão

“21 Então, Pedro, aproximando-se do Cristo, Lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?

“22 Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete; mas até setenta vezes sete” (Evangelho, segundo Mateus, 18:21 e 22).

Educar nossas capacidades sensitivas, sob os auspícios do Amor Divino, para estabelecer a perfeita sintonia com o Governo Invisível da Terra é a salvação da humanidade neste Fim dos Tempos. Já advertia o saudoso Alziro Zarur (1914-1979): “Não há segurança fora de Deus”.

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.