#UseSeuPoder

Artigo publicado nos jornais de Brasília e A Tribuna, edições de 24 e 27 de março de 2015.

Em 28 de março, sábado, das 20h30 às 21h30, teremos mais uma edição do movimento "A Hora do Planeta". Trata-se de um ato simbólico, promovido em todo o mundo pela Rede WWF. A iniciativa mobiliza governos, empresas e povo em geral a expressar sua preocupação com o meio ambiente, apagando suas luzes durante sessenta minutos.

É inspirador o slogan da campanha deste ano: #UseSeuPoder. Ele incentiva a capacidade que possuímos de ser agentes na preservação dos recursos naturais da Terra, a partir da própria criatura humana. Afinal, a sobrevivência no orbe depende da harmonia da Natureza em todos os seus reinos.

Reprodução BV

Cícero

Uma boa estratégia para proteger o planeta e oferecer segurança aos seus habitantes passa por decisivos atos de prevenção. E para eficientemente pô-la em prática é necessário também buscar experiências e informações catalogadas pela História, que, no dizer de Cícero (106-43 a.C.), "é a mestra da vida".

Essa providência urge ser cada vez mais empreendida pelos países na solução da crescente crise hídrica, a exemplo da que vem ocorrendo no Brasil.

Em 22 de março, celebramos o Dia Mundial da Água. Se quisermos sobreviver e deixar como herança um garantido abastecimento de água às novas gerações, esse assunto deve ser pauta diária, acompanhada de atitudes pontuais.

Reproducão BVTV
Professor Antonio Carlos Zuffo

Atentar para os estudos da Meteorologia, em avanço constante, e agir preventivamente é caminho acertado. Falando ao programa "Biosfera", da Boa Vontade TV, o professor Antonio Carlos Zuffo, do Departamento de Recursos Hídricos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), citou um dos motivos da recente escassez de chuva em São Paulo:

"Acredito que isso é o resultado cíclico natural da atividade solar, que a gente chama em Hidrologia de ‘Efeito José’. Ele prevê, ao longo do tempo, um período de baixas precipitações sucedido por longo período de altas precipitações, e assim sucessivamente. Então, observamos na década de 1930 até os anos 1960 precipitações abaixo de uma determinada média, a média era inferior; houve esse aumento a partir da década de 1970 e, agora, acredito que vamos passar por mais ou menos de 30 a 40 anos de precipitações mais baixas do que aquelas que verificamos nesses últimos 40 anos".

A palavra do professor Antonio Zuffo nos mostra a importância dos registros climáticos do passado. O "Efeito José" é um conceito de Hidrologia de 1968, nascido de um trabalho dos pesquisadores Benoit Mandelbrot (1924-2010) e James R. Wallis. Eles estudaram os dados fluviométricos históricos de alguns dos grandes rios do mundo, em particular do Nilo, no Egito. O nome faz referência à passagem do Velho Testamento, em que José anuncia sete anos de fartura seguidos de sete anos de fome, depois de analisar o enigmático sonho do faraó, no qual sete vacas magras devoram sete vacas gordas e sete espigas mirradas consomem sete espigas graúdas (Gênesis, capítulo 41).

Contudo, o famoso personagem bíblico não só previu os tempos difíceis, mas percebeu como impedir a carestia total. E, assim, sob a aprovação do faraó, utilizou a estratégia da prevenção, salvando o povo egípcio.

Em qualquer área, administrar é chegar antes.

PARA O FIM DA DISCRIMINAÇÃO RACIAL

Divulgação
Maurício Pestana

Comemoramos o Dia Internacional contra a Discriminação Racial em 21/3. Aproveito para destacar aqui o livro "Racismo: cotas e ações afirmativas", do jornalista e cartunista Maurício Pestana, elaborado a partir de entrevistas da seção "Páginas Pretas", da revista "Raça Brasil".

Ao prezado autor, meu agradecimento pela fraterna dedicatória: "Para o Paiva Netto, o qual muito admiramos pelo brilhante trabalho e contribuição que tem dado ao longo dos anos para os que realmente precisam".

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.