Fé e Boas Obras

Fonte: Reflexão de Boa Vontade extraída do livro Jesus, a Dor e a Origem de Sua Autoridade, de novembro de 2014.

A respeito de Boas Obras aliadas à Fé, a qual defini como Fé Realizante, destaco-lhes o que afirmei em uma palestra radiofônica, proferida numa quarta-feira, 30 de dezembro de 1992: a Fé somente não pode satisfazer (de modo pleno) a Lei Divina, pois tem de produzir resultados benéficos para a Humanidade. Por exemplo, a consequência da Fé deve ser o bom relacionamento entre as criaturas. Assim, independentemente da tradição religiosa que professamos ou não, construiremos juntos, por meio de Boas Obras, um mundo melhor para todos. E isso, sem dúvida, é aprovado por Deus, que é Amor. Portanto, espera que Seus filhos se amem.

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Ainda sobre esse assunto, vale reproduzir a página 35 do meu livro Reflexões da Alma (versão pocket):

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Martinho Lutero

Um dos maiores questionamentos de boa parte daqueles que desejam a salvação espiritual é “O que mais agrada a Deus?”. O grande reformador Martinho Lutero (1483-1546) tem a resposta, citada pelo professor Leônidas Boutin: “(...) ter Fé verdadeira e inabalável na Palavra de Deus, que está contida nas Sagradas Escrituras. E quem tem verdadeiramente Fé há de praticar Boas Obras, isto é, amará ao próximo, pois é impossível ter Fé sem praticar Boas Obras, que são, assim, decorrências naturais e inevitáveis dela*.

   

Não sem motivo, deixei claro, nas minhas pregações durante anos, que orar e vigiar são dois atos da Política de Deus, do Cristo e do Espírito Santo.

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* Citação encontrada na abertura do livro Da Liberdade Cristã, de Martinho Lutero. O professor Leônidas Boutin iniciou a tradução dessa obra em 1958, com o apoio dos reverendos pastores Heinz Soboll e Richard Wengan, da Comuna Evangélica de Curitiba/PR, Brasil.

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.