63 anos da Proclamação do Novo Mandamento de Jesus

Fonte: Revista JESUS ESTÁ CHEGANDO!, edição 163, de setembro de 2022.

Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista — Nesta edição especial de JESUS ESTÁ CHEGANDO!, comemoramos o 63o aniversário de Proclamação da Suprema Ordem do Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, feita por Alziro Zarur (1914-1979), saudoso Fundador da Legião da Boa Vontade (LBV), em 7 de setembro de 1959, na cidade de Campinas/SP, Brasil. E, para essa celebração, trazemos do livro Paiva Netto e a Proclamação do Novo Mandamento de Jesus A saga heroica de Alziro Zarur na Terra (2009) — primeiro título da Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista — importantíssimos relatos históricos feitos pelo Irmão Paiva, Presidente-Pregador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, acerca da Proclamação do Mandamento Novo de Jesus. Abrimos esta seção transcrevendo as páginas iniciais do referido trabalho literário, em sua segunda edição (revista e ampliada), na qual leremos elucidativas palavras do líder da LBV, quando do lançamento dessa obra, por ocasião da solenidade que encerrou o 20o aniversário do Templo da Boa Vontade (TBV), em Brasília/DF, em 24 de outubro de 2009. Comemorávamos naquele dia o Jubileu de Ouro dessa magistral Proclamação (1959-2009). A leitura e a dissertação feitas pelo Irmão Paiva, principalmente do texto “Do Novo Mandamento de Jesus à Paz”, entusiasmaram os peregrinos que lotavam todos os ambientes da Sede Espiritual da Religião Divina, o Templo da Paz, a Pirâmide das Almas Benditas, a Pirâmide dos Espíritos Luminosos, na capital federal do Brasil.

Boa leitura a todos!

Do Novo Mandamento de Jesus à Paz

Paiva Netto — Jesus é o Pão Vivo que desce do Céu para alimentar as criaturas humanas e espirituais, uma vez que a morte não interrompe a vida. Ele mesmo afirmou: “Eu sou o Pão Vivo que desceu do Céu. Se alguém dele comer, viverá eternamente” (Evangelho do Cristo, consoante João, 6:51).

A Bíblia Sagrada, entendida e vivida em Espírito e Verdade, à luz do Novo Mandamento do Cristo Ecumênico, o Sublime Estadista, é a mesa farta em que, sob os auspícios do Amor Divino, todos dele nos podemos nutrir. Disse o Mestre Amado: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abri-la para mim, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. Ao vencedor, Eu o farei sentar-se comigo no meu trono, assim como também Eu venci e me sentei com meu Pai no Seu trono de glória. Quem tem ouvidos de ouvir ouça o que o Espírito diz às Igrejas do Senhor” (Apocalipse, 3:20 a 22 — Carta de Jesus à Igreja em Laodiceia).

A regra perfeita para estudo e vivência dos preceitos espirituais, que, por conseguinte, afasta ódios e fanatismos da interpretação das Escrituras Bíblicas, é, reiteramos, o Mandamento Novo do Divino Chefe, a Ordem Suprema de Deus, a Ciência Universal do Cristo: “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos” (Boa Nova de Jesus*1, consoante João, 13:34 e 35, conforme a Bíblia de Jerusalém).

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A Divina Sabedoria do Novo Mandamento de Jesus

Um dos atos mais comoventes e decisivos da História — o tempo provará — foi a Proclamação do Novo Mandamento de Jesus, feita por Alziro Zarur, em 7 de setembro de 1959, na cidade de Campinas/SP, Brasil, no antigo Hipódromo do Bonfim — (hoje, Praça Legião da Boa Vontade) —, que, na época, era o espaço público mais amplo que por lá existia, capaz de receber a multidão que fora ouvi-lo. Tão expressiva página é o fundamento celeste da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, pois preconiza o Amor do próprio Arquiteto do Universo*2, por intermédio do Seu Filho Jesus e da atuação permanente do Paráclito (ou Espírito da Verdade). E a origem de tudo isso é a Boa Vontade Divina*3.

A visão que a Sabedoria imanente do Mandamento Novo do Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, nos abre torna compreensível o incompreensível; suportável, o insuportável. Por esse motivo é que, no Tratado Universal sobre a Dor*4, quando nos referimos à Lei do Cristo, ressaltamos que — se nela nos integrarmos — faremos com que o intolerável se torne tolerável e até a desesperança, esperançosa.

Zarur escolheu o Sete de Setembro de 1959 para explanar aos povos da Terra acerca da libertação espiritual de todos, porque concluíra que qualquer liberdade política, social e econômica é incompleta, ou mesmo falsa, se não for iluminada pela que do Alto desce sobre nós: “Conhecereis a Verdade [de Deus], e a Verdade [de Deus] vos libertará” (Evangelho, consoante João, 8:32).

Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista — Durante a Cruzada da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, ocorrida a 5 de setembro de 1975, no Rio de Janeiro/RJ, o saudoso Proclamador da Religião Divina, Alziro Zarur, destacou esta profunda análise espiritual-histórica de Paiva Netto, e assim comentou:

Zarur É, para quem tem olhos de ver, houve esta coincidência notada pelo meu secretário Paiva Netto: no dia 7 de setembro de 1822, houve a Independência do Brasil, quer dizer, a Independência Política, mas, em 7 de setembro de 1959, em Campinas/SP, houve outra Independência, houve a Independência Espiritual pelo conhecimento da Verdade, a Verdade de Deus.

Todos: Palmas!

O Novo Mandamento de Jesus Revelado

Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista — O saudoso Irmão Alziro Zarur assim descreveu aquele memorável dia:

— Sete de setembro de 1959. Era um domingo bonito, lá no hipódromo de Campinas, Estado de São Paulo, porque na cidade não havia recinto maior para receber a imensa multidão de Legionários de todo o país. Diante daquela massa entusiástica, eu fazia a Proclamação do Novo Mandamento, que é a gênese simbólica da Religião de Deus.

É necessário ainda voltarmos a atenção para um importante evento legionário, ocorrido dois dias antes do grandioso encontro no interior paulista. O Irmão Paiva, que contava com 18 anos na época, foi testemunha ocular e narra esse episódio emocionante da História das Instituições da Boa Vontade de Deus:

Paiva Netto — Em 5 de setembro de 1959, no Rio de Janeiro/RJ, durante a Assembleia Magna da LBV, Zarur deu vida à Proclamação do Amor de Deus. Recordo-me desse dia com grande felicidade, primeiro pelo elevado teor espiritual da revelação que testemunhei o Irmão Zarur proferir. (...)

E a grande glória para mim é que não deixei essas palavras se perderem, pois, diante da grandiosidade espiritual daquele discurso, sugeri ao Irmão Zarur que fosse denominado Proclamação do Amor de Deus — e ele prontamente aprovou.

Aqui está, portanto, o belíssimo texto resultante daquela memorável ocasião, que permitiu ao saudoso Fundador da LBV ir a Campinas, no dia 7, realizar a Proclamação do Novo Mandamento de Jesus, que você poderá ler na sequência. É de encher os olhos de Júbilo Divino:

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Proclamação do Amor de Deus

Alziro Zarur

5 de setembro de 1959

Rio de Janeiro/RJ, Brasil

Como está no Evangelho de Jesus, segundo João, capítulo 13, versículo 34: “Novo Mandamento vos dou: amai-vos como Eu vos amei [e amo]”. Durante quase dois mil anos, ficou esse Novo Mandamento do Cristo abandonado na Bíblia Sagrada, sem que ninguém o visse no seu total e revolucionário significado. Na verdade, todos o julgavam uma simples repetição da Regra Áurea, do Mandamento de Moisés: “Ama o teu próximo como a ti mesmo” (Levítico, 19:18). Mas o próprio Jesus nos mostra a incalculável diferença entre os dois Mandamentos, como se vê ainda no Evangelho, segundo João, 17:24, dizendo aos fariseus: “Meu Pai me amou desde o princípio”. E Ele agora diz aos Discípulos, aos Apóstolos, também no mesmo Evangelho, 15:9: “Como o Pai me amou, assim também Eu vos amei. Permanecei no meu Amor”. E, 15:14 e 12: “Sereis meus discípulos, se fizerdes o que Eu vos mando. E Eu vos mando isto: amai-vos como Eu vos amei” (...). Veja quem tem olhos de ver, ouça quem tem ouvidos de ouvir (...). “Deus é Amor”, Jesus já o tinha dito. Mandando que nos amássemos, tanto quanto Ele nos amou, e dizendo que nos amou exatamente tanto quanto nos ama o Pai Celestial, deu-nos um código de que faremos a nossa Religião — A RELIGIÃO —, que o próprio Jesus fundou e instituiu há quase dois mil anos, para a qual, durante todo esse tempo, não houve olhos de ver, a do Amor Universal. “Graças Te dou, meu Pai”, disse também o Cristo (Evangelho, segundo Mateus, 11:25), “porque ocultaste estas coisas dos sábios e entendidos do mundo e as revelaste aos pequeninos”.

Proclamação do Novo Mandamento de Jesus

Alziro Zarur

7 de setembro de 1959

Campinas/SP, Brasil

A Proclamação do Novo Mandamento, cuja orientação universal pertence a Deus, ao Cristo e ao Espírito Santo, tem por base o Evangelho e o Apocalipse de Jesus em Espírito e Verdade, e por finalidade a pregação desse Evangelho e desse Apocalipse sem o véu da letra que mata, de modo a tornar acessíveis, a todas as criaturas humanas, os ensinamentos cristãos universalistas.

A Proclamação do Novo Mandamento afirma a imortalidade da Alma e a reencarnação dos Espíritos; confirma a possibilidade, por permissão de Deus, da comunicação entre encarnados e desencarnados; reafirma a permanente presença de Deus em cada um de Seus filhos.

A Proclamação do Novo Mandamento é criação de Nosso Senhor Jesus Cristo para restaurar, antes de Sua Volta Triunfal a este planeta, por intermédio do Apocalipse revelado, o Cristianismo realmente pregado e exemplificado pelo Divino Mestre e Senhor e para estabelecer na Terra a Verdadeira Hierarquia, aquela que está firmada na Lei Universal da Reencarnação. Perante o Eterno, cada um é responsável por todos os seus atos, através do livre-arbítrio inviolável.

A Proclamação do Novo Mandamento, por revelar que o Amor Divino, trazido por Jesus à Terra, é a vivência da Fraternidade e da Solidariedade sem fronteiras, reitera que não competirá, no terreno material, com qualquer das religiões existentes nem se colocará, jamais, em posição hostil a nenhuma delas: reconhece que todas existem pela vontade de Deus, pois há tantas religiões quantos são os graus de entendimento espiritual dos homens, conforme a soma de suas encarnações.

A Proclamação do Novo Mandamento anuncia a próxima Volta de Jesus, o Bom Pastor, com a formação de um só Rebanho pela reunião efetiva de todas as boas ovelhas, até agora aparentemente separadas, distribuídas por todos os rebanhos. Esclarece ainda, como já foi oficialmente proclamado pelo Congresso dos Homens e Mulheres da Boa Vontade de Deus, que todas as religiões são evidentemente cristãs, mesmo aquelas que assim não se consideram por se encontrarem nos diversos graus da evolução espiritual; e todas as criaturas humanas são naturalmente cristãs, queiram ou não queiram, saibam ou não saibam, até mesmo as que se dizem materialistas, demonstrando ignorar a verdade da formação da Terra pelo Cristo de Deus, como se lê no Evangelho de Jesus, segundo São João, 1:1 a 3: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus; o mundo foi feito por Ele, tudo foi feito por Ele e nada do que se fez foi feito sem Ele, Cristo Jesus”.

O vocábulo espiritualista deve ser entendido na pureza do seu significado original, sem referência a qualquer religião, mas traduzindo a aceitação da doutrina que prega a existência de Deus e a imortalidade da Alma.

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O Novo Mandamento de Jesus estava esquecido na Bíblia Sagrada

Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista — Numa pregação de 11 de outubro de 1985, o Presidente-Pregador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo discorre sobre a Proclamação do Amor de Deus, que acabamos de ler. Ele ressalta:

Norma de Bem-Viver

Paiva Netto — Quem ama com o Amor de Jesus cumpre todos os demais Mandamentos da Lei de Deus e cria para si um universo de felicidade e também para os seus semelhantes. Porque o grande altar do maior templo do mundo é o nosso coração, no qual podemos amar aos nossos semelhantes como Jesus determina que amemos, porque Ele explica em seguida essa Norma de Bem-Viver. Vocês sabem que toda lei tem seu regulamento, não é? Pois bem, a Lei está no versículo 34 do capítulo 13 do Evangelho, segundo João: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”. No versículo 35, vocês têm o regulamento dessa extraordinária Lei de Amor Universal, que diz assim: “Nisto, se vos amardes uns aos outros como Eu vos amei, reconhecerão todos que sois realmente meus discípulos”.

Registrei em minha obra O Brasil e o Apocalipse, volume 2 (1985), esta pérola escrita por Zarur: “O Novo Mandamento de Jesus — “Amai-vos como Eu vos amei” — é a chave secreta de toda a Bíblia Sagrada”.

(...) O Novo Mandamento ficou vinte séculos sem ser compreendido e levado a sério. Os cristãos o ignoraram completamente. Ora, Jesus veio à Terra, foi crucificado, sepultaram o Seu corpo, Ele ressuscitou, subiu aos Céus... e prometeu: “Eu voltarei; ide e pregai que é chegado o Reino de Deus” (Evangelho, segundo João, 14:18; e Mateus, 10:7).

Mas o Seu Mandamento Novo ficou vergonhosamente esquecido. Temos de convir que foi um tremendo absurdo! Para revelá-lo, foi preciso vir um grande brasileiro, Alziro Zarur, pesquisador, conhecedor profundo da Bíblia Sagrada, um homem universalista, antissectário pela própria natureza, que detestava o separativismo, a ponto de escrever em seu Poema do Brasileirinho, em 1932:

(...)

E quando ouvir a voz separatista

— Amigo, és carioca ou és paulista?

— Um filho teu dirá:

— Sou brasileiro!

Debruçou-se Zarur sobre o Livro Sagrado e percebeu no Santo Evangelho a grandiosidade revolucionária do Novo Mandamento de Jesus.

Ora, tanto os seres humanos não tinham atinado com o extraordinário valor do Mandamento de Jesus, no Novo Testamento da Bíblia Sagrada, que resolveram “incluir” o Amor nos Dez Mandamentos da Lei de Deus, recebidos por Moisés, no Sinai, indo buscá-lo nas leis mosaicas: “Ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo” (Deuteronômio, 6:5; e Levítico, 19:18). Entretanto, há uma enorme diferença entre o “Ama o teu próximo como a ti mesmo”, do notável legislador hebreu, no Antigo Testamento, e o “Amai-vos como Eu vos amei”, de Jesus.

(...)

Novo Mandamento de Jesus e Regra Áurea

Ora, se era difícil seguir o “ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo” (Deuteronômio, 6:5; e Levítico, 19:18), do velho Moisés, após terem passado séculos sobre séculos, como entenderiam o Novo Mandamento de Jesus que é — num sentido vasto — mais profundo do que a notável Regra Áurea? O próprio Zarur explicou a diferença, o Espírito Emmanuel também, como podemos inferir da mensagem que fiz constar em meu livro Jesus, Zarur, Kardec e Roustaing, na Quarta Revelação (1984), página 70. Nela, encontramos um importante relato do criador da LBV, no qual ele cita e comenta trecho do recado do sábio mentor espiritual, intitulado “O Novo Mandamento*5”, na psicografia do saudoso Legionário da Boa Vontade Chico Xavier*6 (1910-2002). Diz o Proclamador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo:

Zarur — E, quanto ao Novo Mandamento do Cristo, vejamos o que escreveu Emmanuel, uma das maiores vozes do Espiritismo, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier. É uma das mais belas páginas espíritas, exatamente com o título:

O Novo Mandamento

Emmanuel — Disse Jesus: “Um Novo Mandamento Eu vos dou: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei” (João, 13:34). A leitura do texto induziria o leitor a sentir, nessas palavras do Mestre, absoluta identidade com o Seu ensinamento relativo à Regra Áurea. Entretanto, é preciso salientar a diferença: o “ama ao teu próximo como a ti mesmo” é diverso do “que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei”. O primeiro institui um dever, em cuja execução não é razoável que o homem cogite da compreensão alheia. Jesus, porém, engrandeceu a fórmula, criando o Novo Mandamento da Comunidade Cristã. Esse é o Novo Mandamento que estabeleceu a intimidade legítima entre todos os que se entregaram ao Cristo, significando que, em seus ambientes de trabalho, há quem se sacrifique e quem compreenda o sacrifício, quem ame e se sinta amado, quem faça o Bem e quem saiba agradecer. Em qualquer círculo do Evangelho, onde essa característica não assinala as manifestações dos companheiros entre si, os argumentos da Boa Nova podem haver atingido os cérebros indagadores, mas ainda não penetraram o santuário dos corações.

Zarur — Em suma — sem o Novo Mandamento de Jesus, que é a chave eterna da Bíblia Sagrada, não há Ciência, nem Política, nem Filosofia, nem Bíblia, nem Religião, nem Evangelho e nem Apocalipse. Só os espíritos sectarizados, ou sectarizantes, não conseguem entender a magnitude do Novo Mandamento: é Novo, mesmo, eternamente Novo, e é de Jesus! E se o Mandamento é novo, e se é de Jesus, revoga todas as disposições em contrário.

Amplo significado do Amor de Deus

Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista Paiva Netto continua discorrendo sobre as palestras evangelizadoras de Zarur, aprofundando nosso conhecimento a respeito da Ordem Suprema do Sublime Educador:

Paiva Netto — Uma das mais extraordinárias contribuições do sempre lembrado enunciador da Religião Divina para a compreensão do incomensurável valor do “Amai-vos como Eu vos amei”, do Cristo Ecumênico, o Estadista Celeste, sobre o “Ama a Deus acima de todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo”, do grande Moisés, como temos explicitado, foi a Proclamação do Novo Mandamento de Jesus, feita por ele, Zarur, em 7 de setembro de 1959, em Campinas/SP. Eu a publiquei na íntegra no Livro de Deus (1982). Ainda na referida obra espiritual-literária, transcrevi esta bela elucidação do Fundador da LBV:

Aos oito anos — explica Zarur — eu já me interessava pelo assunto Religião. Aos doze, Jesus me apareceu e me confiou a revelação do Seu Novo Mandamento: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”. Na verdade, ninguém sabia direito quem era Jesus, quanto mais o Seu Novo Mandamento! De 1926 até agora, não tenho feito outra coisa senão explicar quem é Jesus e o que é o Seu Novo Mandamento: salvar vidas e Almas para Deus.

Poucos sabem que o Cristo é o Fundador e Supremo Governante da Terra. O maior Cientista, o maior Filósofo, o maior Religioso, o maior Político, o maior Gênio Criador de todos os tempos deste planeta. O que o mundo se habituou a conhecer foi um Jesus crucificado. Mas Jesus está vivo, presente entre nós, realizando um trabalho que está muito acima da humana indagação falibilíssima.

E ressalta a diferença entre o Novo Mandamento de Jesus e a Regra Áurea de Moisés:

 Os doutores da lei, antigos e modernos, supunham que o “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”, de Jesus, era a repetição do “Ama ao teu próximo como a ti mesmo”, de Moisés. Como dizia o Cristo: veja quem tem olhos de ver. No “Ama ao teu próximo como a ti mesmo”, o homem ama ao seu próximo com o amor do próprio homem; mas, no “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”, o homem tem de amar com o Amor do Cristo, o Único Mestre da humanidade. Só este Amor abre os olhos do homem para entender a origem e a finalidade da vida, porque “Deus é Amor” e nada existe fora desse Amor.

A Doutrina do Novo Mandamento de Jesus, que é toda a alma da Religião de Deus, é inconsútil como a túnica do Cristo. É a Doutrina do próprio Jesus, o Cristianismo do Cristo. (...) Em suma, a Religião de Deus é a restauração do Cristianismo do Novo Mandamento, que declara cristãs todas as criaturas e, portanto, todas as religiões deste planeta. Inclusive o ateísmo, religião às avessas.

(Os destaques são de Paiva Netto.)

De fato, Zarur está corretíssimo. O amor do ser humano ainda urge ser muito esmerilhado, a ponto de intimamente suplicar o cinzel de um escultor do gabarito de um Michelangelo Buonarroti (1475-1564), o qual, com intensa iluminação, esculpa o Amor nas nossas Almas terrestres. Quando a criatura despreza essa transformação pelo Amor, a Mestra Dor comparece com o seu implacável escopro afiado.

O famoso vate português Camilo Castelo Branco (1825-1890), ao longo de sua amargurada existência, segredou: “O amor é a primeira condição da felicidade do homem”.

E foram necessários dois mil anos para que chegasse o Irmão Zarur à Terra e fizesse a Proclamação do Amor Divinizado que o Augusto Professor, Jesus, nos tem oferecido. É imperioso que apreendamos toda a extensão do significado e do poder do Amor nas diversas regiões do pensamento e da ação espiritual e humana. “Ele pode mais que a própria morte”, como pensava o respeitado jornalista, político, poeta e tradutor brasileiro Félix Pacheco (1879-1935).

O Amor é a revolução que falta ser realizada, sem sangue, mutilações e morte. Do contrário, ninguém conterá a violência, que brota do ser humano entontecido na sua ânsia de holofotes. O que ele precisa, isso sim, é de estudo e Espiritualização Ecumênica que lhe são negados, por milênios e milênios, ou, ainda, por totalmente não lhe interessarem, porquanto prossegue inebriado pelas ilusões da carne. Ou seja, o indivíduo mesmo foge do esclarecimento completo para a sua Alma, o que resultaria no desfecho ideal de todos os problemas que não apenas dificultam a sua existência, mas podem liquidá-la, a exemplo da assustadora situação ecológica em que ele próprio lançou o planeta.

O discutido e premiado escritor francês Anatole France (1844-1924), Nobel de Literatura de 1921, sintetizou: “As verdades descobertas pela inteligência permanecem estéreis. Só o coração é capaz de fecundar seus sonhos. Ele dá vida a tudo que ama. É pelo sentimento que as sementes do bem são lançadas ao mundo”.

Touché, caro Anatole.

Ameaça ao status quo

Por tudo isso, a urgência de vivermos o “Amai-vos como Eu vos amei”, de Jesus, é resultado do exemplo pessoal Dele: doou a Sua própria vida, submeteu-se à crucificação, prova de que portava um recado novo que punha em xeque interesses danosos a certa parte da humanidade. Portanto, o Missionário Celeste havia se transformado em uma ameaça ao status quo vigente e, ipso facto, foi pregado à cruz do sacrifício. Depois ressuscitou e ascendeu aos Céus. Por conseguinte, o Cristo deu a maior demonstração de Amor Fraterno. Consequência: Sua mensagem de Irmandade sem fronteiras espalhou-se pelo planeta, mesmo que, por vezes, tenha sido quase que negada, ao modelo do que se viu no Século das Guerras Religiosas: o 16, e nas inqualificáveis Cruzadas. Por isso, reitero, Jesus é uma conquista diária, uma descoberta permanente para os que têm sede de Saber, de Misericórdia, de Fraternidade, de Generosidade, de Liberdade e Igualdade, segundo a Lei Universal da Reencarnação*7. Por intermédio dela, Deus nos concede a oportunidade de, pelas vidas sucessivas, ir aprendendo a viver Suas Divinas Lições. Assim, embora tropeçando, todas as criaturas continuam a caminhada na direção Dele. E, ao citar Jesus, não me refiro ao Cordeiro quando aprisionado por restritas concepções terrenas, sejam filosóficas, religiosas, políticas, científicas, artísticas. Ele é um Libertador, jamais um prisioneiro. Sobrepaira a tudo. A Sua identidade com Deus é tamanha que se tornou — para a sobrevivência da espécie humana — o Revelador da primacial causa da penúria de Alma que ainda sofremos, tendo em vista a falta de nos amarmos uns aos outros da mesma forma com que Ele nos amou e ama. Aí vem a decisão para a boa trajetória civilizante que o Sublime Educador nos aponta no versículo 35 do capítulo 13 do Evangelho, consoante João: Somente assim, se vos amardes uns aos outros como Eu vos tenho amado, podereis ser reconhecidos como meus discípulos”.

Eis a Política de Deus, a Política para o Espírito Eterno do ser humano.

É o recado que vem de Campinas/SP — cidade-sede da Proclamação do Novo Mandamento de Jesus, feita por Zarur —, desde o Sete de Setembro de 1959, e que não foi abafado nem extinto, porque é aquele que traz o tônus da Eternidade, porquanto essa Ordem Suprema antes de ser de Jesus é de Deus, nosso Pai-Mãe.

Sigamos em frente! A vitória do Bem é certa. Deus, que é Amor, em verdade, está presente! E o Cristo vive, para sempre, em nossos corações!

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*1 Boa Nova de Jesus — Assim também é conhecido o Evangelho, do grego Euangélion e do latim Evangelium.

*2 Nota de Paiva Netto

    Grande Arquiteto do Universo — Tratamento solene com o qual os Irmãos maçons denominam Deus, o Criador dos Universos.

*3 Nota de Paiva Netto

    Boa Vontade Divina — Alziro Zarur ensinava que “Boa Vontade não é boa intenção. Boa Vontade é a vontade boa, firme, decidida, que sabe o que quer, iluminada pela Verdade e pelo Amor. Nada tem a ver com boa intenção, da qual, no dizer popular, ‘está calçado o inferno’”. Leia mais sobre o assunto nas Sagradas Diretrizes Espirituais da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, volumes 1, 2 e 3.

*4 Tratado Universal sobre a Dor Livro de Paiva Netto lançado em 1990 e relançado pela Editora Elevação com o título Como Vencer o Sofrimento, que já vendeu mais de 250 mil exemplares. Para adquirir essa e outras obras literárias do autor, acesse PaivaNetto.com/livros.

*5 O Novo Mandamento — Leia a mensagem de Emmanuel na íntegra, na p. 337 de Paiva Netto e a Proclamação do Novo Mandamento de Jesus A saga heroica de Alziro Zarur na Terra (2009). Adquira pelo telefone 0300 10 07 940 ou acesse PaivaNetto.com/livros.

*6 Chico Xavier — Legionário da Boa Vontade, número 15.353, proposta assinada em 3 de julho de 1956, em Pedro Leopoldo/MG, Brasil.

*7 Lei Universal da Reencarnação — Leia mais sobre o assunto na estupenda obra de Paiva Netto, Os mortos não morrem (2018). Acesse agora o site PaivaNetto.com/livros.

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.