Glorifiquemos os nossos lares

Fonte: Livro “Jesus e as Sete Igrejas da Ásia – Tiatira”, de abril de 2025.

A respeito da vital importância de fortalecermos as nossas famílias, mormente nestes tempos, em Jesus e as Sete Igrejas da Ásia – Tiatira, a Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, transcreveu, por oportuno, página de Emmanuel (Espírito), na psicografia de Chico Xavier (1910-2002) que li e comentei durante a análise da Carta do Cristo, contida em Seu Apocalipse, 2:18 a 29.

Culto cristão no lar

O culto do Evangelho no lar não é uma inovação.

É uma necessidade em toda parte onde o Cristianismo lance raízes de aperfeiçoamento e sublimação.

A Boa Nova seguiu da Manjedoura para as praças públicas e avançou da casa humilde de Simão Pedro para a glorificação no Pentecostes.

A palavra do Senhor soou, primeiramente, sob o teto simples de Nazaré e, certo, se fará ouvir, de novo, por nosso intermédio, antes de tudo, no círculo dos nossos familiares e afeiçoados, com os quais devemos atender às obrigações que nos competem no tempo.

Quando o ensinamento do Mestre ressoa entre as quatro paredes de um templo doméstico, os pequeninos sacrifícios tecem a felicidade comum.

A observação impensada é ouvida sem revolta.

A calúnia é isolada no algodão do silêncio.

A enfermidade é recebida com calma.

O erro alheio encontra compaixão.

A maldade não encontra brechas para insinuar-se.

E aí, dentro desse paraíso que alguns já estão edificando, em benefício deles e dos outros, o estímulo é um cântico de solidariedade incessante; a bondade é uma fonte inexaurível de paz e entendimento; a gentileza é inspiração de todas as horas; o sorriso é a senha de cada um e a palavra permanece revestida de luz, vinculada ao amor que o Amigo Celeste nos legou.

Somente depois da experiência evangélica do lar, o coração está realmente habilitado para distribuir o pão divino da Boa Nova junto da multidão, embora devamos o esclarecimento amigo e o conselho santificante aos companheiros da romagem humana, em todas as circunstâncias.

Não olvidemos, assim, os impositivos da aplicação com o Cristo, no santuário familiar, onde nos cabe o exemplo de paciência, compreensão, fraternidade, serviço, fé e bom ânimo, sob o reinado legítimo do amor, porque, estudando a Palavra do Céu em quatro Evangelhos, que constituem o Testamento da Luz, somos, cada um de nós, o quinto Evangelho inacabado, mas vivo e atuante, que estamos escrevendo com os próprios testemunhos, a fim de que a nossa vida seja uma revelação de Jesus, aberta ao olhar e à apreciação de todos, sem necessidade de utilizarmos muitas palavras na advertência ou na pregação.

Minhas Irmãs e meus Irmãos, de fato, nesta época de tantos desafios que vivenciamos no mundo, mantermos coesas as nossas casas no ideal eterno do Santo e Redentor Evangelho-Apocalipse do Divino Amigo “é uma necessidade em toda parte onde o Cristianismo [do Cristo] lance raízes de aperfeiçoamento e sublimação”. Os Cristãos do Novo Mandamento, Amigos de Jesus, sabem que “a Boa Nova seguiu da Manjedoura para as praças públicas e avançou da casa humilde de Simão Pedro para a glorificação no Pentecostes”. É um Novo Pentecostes, glorioso acontecimento que se repete neste final de ciclo apocalíptico, com a descida dos Espíritos do Bem, a Humanidade Bendita, Superior. Ela fará brilhar a Palavra do Divino Senhor, que “soou, primeiramente, sob o teto simples de Nazaré e, certo, se fará ouvir, de novo, por nosso intermédio, antes de tudo, no círculo dos nossos familiares e afeiçoados, com os quais devemos atender às obrigações que nos competem no tempo”, consoante nos revela Emmanuel. Fato que se dará desde agora e além da Grande Tribulação, muito adiante do Armagedom (Apocalipse, 16:16). É uma honrosa missão das Igrejas Familiares da Religião Divina, visto que seu compromisso primeiro é espargir a Caridade Espiritual, consoante registramos nas Sagradas Diretrizes Espirituais da Religião do Amor Universal.

Algodão do silêncio

Quando o ensinamento do Mestre Jesus “ressoa entre as quatro paredes de um templo doméstico, os pequeninos sacrifícios tecem a felicidade comum”, assevera o Benfeitor Espiritual. Até mesmo a crítica impensada que se nos arrojam passa a ser “ouvida sem revolta”. Por que ódio? Temos que transformar a calúnia e a afronta em lições para a nossa vida. Então, a injúria será “isolada no algodão do silêncio”, como nos assegura o Mentor Invisível. Espere mais um pouco, conte até dez, até cem, até mil. Porque muitos dissabores serão afastados da nossa existência se exercitarmos a serenidade. A doença passa a ser “recebida com calma”. De que adianta o desespero? “Ah, meu Deus! Meu filho está doente! Minha filha! Ah, que faço?”

Ao nos exasperarmos, podemos colocar em risco a confiança de nossos filhos, porque os pais são essa força que os mantém seguros. E, guardando a tranquilidade d’Alma, elevando o pensamento a Deus, as soluções começam a brotar dos nossos corações, o socorro celeste nos bate à porta e, no bojo dele, Benfeitores na Terra passam a nos ajudar no desafio colocado à nossa frente.

Igualmente, fitando o mundo com o olhar de Jesus, “o erro alheio encontra compaixão”. Por que tacar mais fogo no planeta? A humanidade está precisando de bombeiros para apagar as chamas das paixões turbulentas que geram as violências de todos os matizes. Sim, policiemos o nosso Espírito e a nossa língua, e a violência diminuirá em toda parte até se extinguir. É difícil?! Então, lutemos por conquistar essa vitória de aplacar o mal que está dentro de nós mesmos. Com essa atitude equilibrada, o ódio não encontrará “brechas para insinuar-se”, vai ser jogado no lixo.

Meus Irmãos e minhas Irmãs, glorifiquemos os nossos lares. É preciso consagrá-los a Deus, ao Cristo e ao Espírito Santo (ou Espírito da Verdade, ou Paráclito), porque este é o momento mais grave da História do mundo. E como atestava o Irmão Zarur: “Não há segurança fora de Deus”.

E busquemos essa proteção aos nossos ambientes domésticos, destacando a face extraordinária da Religião do Terceiro Milênio, com sua Religiosidade pragmática a serviço do Brasil e de toda a humanidade.

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.