O Fundamento Divino

Fonte: Reflexão de Boa Vontade extraída do livro “Jesus, a Dor e a Origem de Sua Autoridade — O Poder do Cristo em nós”, de novembro de 2014. | Atualizada em dezembro de 2022.

Leiamos esta pergunta, ao mesmo tempo uma repreensão, de Jesus e Sua esclarecedora resposta, no Evangelho, segundo Lucas, 6:46 a 49:

“46 Mas por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que Eu vos mando?”

Tela: James Tissot (1836-1902)

Detalhe da Obra: Ele cura o coxo.

E fazer a vontade de Jesus é viver Seus ensinamentos de Amor e de Justiça, ao, por exemplo, cumprir o Seu Mandamento Novo: “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros” (Boa Nova, segundo João, 13:34 e 35).

Prosseguindo no Evangelho, segundo Lucas, 6:46 a 49:

“47 Todo aquele que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as põe em prática, Eu vos mostrarei a quem é semelhante.

“48 É semelhante a um homem que edifica uma casa, à qual deu profundos alicerces e pôs o fundamento sobre a rocha; e, quando veio uma enchente, deu com ímpeto a inundação sobre aquela casa e não pôde movê-la, porque estava fundada sobre rocha.

“49 Mas o que ouve e não pratica as minhas palavras é semelhante a um homem que constrói a sua casa sobre terra movediça, na qual bateu com violência a corrente do rio, e logo caiu; e foi grande a ruína daquela casa”.

Rocha segura, inamovível — espiritual, moral e fisicamente, em qualquer tempo da História — é o Cristo de Deus, que é UM com o Pai (Evangelho, segundo João, 10:30), com o Seu Poder e Grande Glória (Boa Nova, consoante Mateus, 24:30). Ele os conquistou, de modo tenaz e obediente, mesmo diante da dor acerba, como naquela passagem terrível do Getsêmani — quando suou sangue —, da qual reiteramos quatro versículos:

“41 [Jesus, no Monte das Oliveiras, após dizer aos Seus discípulos que orassem, para que não caíssem em tentação] apartou-se deles cerca de um tiro de pedra, e, pondo-se de joelhos, orava,

“42 dizendo: Pai, se queres, afasta de mim este cálice; todavia, não se faça a minha vontade, mas somente a Tua.

“43 Então, apareceu-Lhe um Anjo do Céu, que O confortava.

“44 E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o Seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra” (Evangelho, consoante Lucas, 22:41 a 44).

Tela: Corrado Giaquinto (1703-1766)

Detalhe da obra: A oração no Horto.

Uma Rocha especial

Arquivo BV

Alziro Zarur (1914-1979) 

Não poderia, portanto, ser essa Rocha — citada na passagem evangélica, conforme os relatos de Lucas (6:46 a 49), que trata acerca do Fundamento Divino — apenas o resultado de agregados sólidos. Refere-se a uma Rocha, cuja origem provém dos Céus. Porque um mineral comum da Terra às vezes sucumbe aos eventos catastróficos, que também marcadamente sacudirão o Brasil, de acordo com o previsto por Alziro Zarur, em 1974, ao comentar a Segunda Chave Bíblica da Volta Triunfal de Jesus: “Guerras, terremotos, fomes e pestes em todo o mundo”, que transcrevi em As Profecias sem Mistério (1998)*1:

“Vêm ocorrendo alguns terríveis terremotos, como o que atingiu a Nicarágua (1972), que quase tirou Manágua do mapa; outro no Peru (1970); um na Colômbia (1970), que deixou muitos mortos e feridos. No Brasil, diziam que não existia esse perigo, porque aqui nunca houve vulcões, por exemplo. Porém, nosso país está cheio deles. Só que adormecidos, esperando algum fator que os dispare. (...) Mas nessa hora [no Tempo Final] vai ocorrer um terremoto sem precedentes, que abalará a estrutura planetária.

“Todos esses sinais são apenas o começo real do Término dos Tempos. Quem o diz é Jesus: ‘Mas tudo isso é apenas o princípio das dores’ (Evangelho, segundo Mateus, 24:8)”.

Certamente, Zarur referia-se à Grande Tribulação, anunciada pelo Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, no Evangelho, consoante Mateus, 24:21, “como nunca houve, desde a criação do mundo, nem jamais se repetirá”.

Tela: John Martin (1789-1854)

Título da obra: The Great Day of His Wrath.

E mais: na Boa Nova, conforme Lucas, 21:10 e 11:

“10 Então, Jesus lhes disse: Levantar-se-á nação contra nação, e reino contra reino;

“11 e haverá grandes terremotos, pestes e fomes em vários lugares; acontecimentos terríveis e grandes sinais do céu”.

Logo, como revela Zarur, o nosso Brasil também não ficará livre dessa catástrofe, mesmo tendo o seu território surgido na Era Primária*2.

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*1 As Profecias sem Mistério — Para adquirir a coleção “O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração”, ligue para 0300 10 07 940 ou acesse www.PaivaNetto.com/livros.

*2 Era Primária — Também chamada de Era Paleozoica. Trata-se de uma das divisões básicas do tempo geológico que reconstituem a história longínqua do planeta Terra, compreendida aproximadamente entre 542 milhões e 245 milhões de anos. Sucedeu a Era Proterozoica e antecedeu a Era Mesozoica. Nesse período de quase 300 milhões de anos, predominaram no orbe terrestre as formas iniciais e rudimentares das vidas vegetal e animal.

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.