Acolhimento fraterno no Dia de Finados

Fonte: Jornal A Tribuna Regional, de Santo Ângelo/RS, edição de 2, 3 e 4 de novembro de 2012, sexta-feira, sábado e domingo. | Atualizado em julho de 2022.
Vivian R. Ferreira

Alguns dos peregrinos de Salvador/BA adentram o TBV na madrugada. – End.: Quadra 915, Lotes 75/76, Brasília/DF.

Por ocasião do Dia de Finados, 2/11, em Brasília/DF, no Templo da Boa Vontade, o Templo do Ecumenismo dos Corações, milhares de pessoas aproveitam para homenagear seus entes queridos que retornaram ao Mundo Espiritual. O ambiente de Paz do TBV, durante as 24 horas do dia, é propício à prece, à manifestação dos sentimentos elevados em prol daqueles que deixaram saudades.

A morte da morte

Achei oportuno buscar um comentário que publiquei em Somos todos Profetas (1991).

Chamo a atenção dos que me acompanham no estudo das Profecias para a análise criteriosa dos versículos, transcritos a seguir, do Apocalipse de Jesus e do Seu Santo Evangelho, segundo João, em que vemos o inacreditável ser firmemente anunciado: a morte da “morte”. Não é o desaparecimento dela como desejam alguns, até bem-intencionados, que pensam eternizar a vida material na conservação do corpo perecível, congelado, como ambiciona a criônica*1. Nem mesmo como ainda é o entendimento de respeitáveis Irmãos que se comprazem gravitando em torno de teorias materialistas de concepção e fim do corpo perecível. Para alguns, o término da existência física decreta a cessação de tudo, esquecidos de que o Espírito antecede o soma e prossegue vivo depois que este se desfaz. Mas a morte da “morte”, “o último inimigo a ser vencido”, na visão inspirada do Apóstolo dos Gentios (Primeira Epístola aos Coríntios, 15:26), está sentenciada no Apocalipse e no Evangelho, levando todos a compreensão de que a existência das criaturas de Deus é eterna e que “não há morte em nenhum ponto do Universo”, como ensinava Zarur. Quanto mais espiritualmente nos esclarecemos, mais a derrotamos.

Morrerá a “morte” que sustentava o reino infeliz da ignorância espiritual em toda a Terra.

Agora, os seres humanos começam a saber por que vivem, morrem, reencarnam e que os mortos não morrem! Daí a já mencionada Revolução Mundial dos Espíritos de Luz em marcha, anunciada, em 1953, por Alziro Zarur. E tenho afirmado que não é possível concretizá-la escondendo os Espíritos. Eis o objetivo de colocar a disposição deles os potentes microfones da Super Rede Boa Vontade de Rádio e da Boa Vontade TV; os espaços nas nossas publicações e nos nossos portais na internet; enfim, para sempre trazerem os seus fraterníssimos recados.

Mas vamos a alguns versículos bíblicos que levam a “morte” a óbito.

O Juízo de Deus

Apocalipse, 20:13 e 14

13 E o mar deu os mortos que estavam nele. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.

14 Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago do fogo. E esta é a segunda morte, o lago do fogo.

Novo Céu, Nova Terra e Nova Jerusalém

Apocalipse, 21:4, 5 e 6

4 E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima, não haverá mais morte, não haverá mais luto, não haverá mais pranto, nem gritos, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.

5 Então Aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.

6 Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu a quem tem sede darei de graça a beber da Fonte da Água da Vida Eterna.

A ressurreição de Lázaro

Evangelho, segundo João, 11:25 a 27

25 Disse Jesus [a Marta, irmã de Lázaro, que Ele, pouco depois, tiraria da morte]: Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá;

26 e todo o que vive e crê em mim não morrerá eternamente. Crês nisto?

27 Sim, Senhor, respondeu ela, creio que Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo, que havia de vir ao mundo.

“A morte é um boato”*2

Tantas vezes tenho-lhes recordado que o grande equívoco da humanidade é pensar que a morte acaba com tudo*3. Pelo contrário, como afirma São Francisco de Assis (1182-1226), Patrono da Legião da Boa Vontade, na sua famosa prece, “é morrendo que nascemos para a Vida Eterna”.

Diante disso, o suicídio é um tremendo erro. Aquele que tira a própria vida se descobre mais vivo do que nunca do Outro Lado da existência e com muito mais problemas do que antes, porque o seu Espírito não morre, e ele assim continua vivo, bem vivo!*4

58a Feira do Livro de Porto Alegre

Somos todos Profetas é uma das minhas obras que a Editora Elevação expõe na 58a Feira Internacional do Livro de Porto Alegre, que ocorre até 11 de novembro, na Praça da Alfândega. Ela pode ser encontrada nos estandes da AJR Distribuidora de Livros e das livrarias Momento Cultural e Mania de Ler. "Abra espaço para a literatura na sua vida" é o tema do evento este ano.

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*1 Criônica — É o processo de preservação em baixas temperaturas de seres humanos e animais. A ambição da técnica é a conservação do corpo físico até que surja a cura de determinada enfermidade que o fez perecer. Então, conforme seus defensores, por não perder as suas propriedades físicas, o corpo seria, pela elevação da temperatura, “ressuscitado”, curado e retornaria a vida comum. Controversas, as tecnologias de reanimação futura assumidas pela criônica ainda são hipotéticas e não muito conhecidas ou reconhecidas. Os Estados Unidos possuem em suas leis regulamentação do congelamento de humanos. Apenas podem ser criopreservados os corpos que legalmente são atestados mortos. Do contrário, se incorreria em assassinato ou suicídio.

*2 Tese defendida por Alziro Zarur.

*3 O grande equívoco da humanidade — Título que integra o primeiro volume das Sagradas Diretrizes Espirituais da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo (1987), de autoria de Paiva Netto.

*4 Nota de Paiva Netto

Vide o Evangelho de Jesus, segundo Marcos, 12:27: “Deus não é Deus de mortos, mas de vivos. Por não crerdes nisso, errais muito”. Na realidade, repetimos, os mortos não morrem.

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.