Questão de Morte ou de Vida?
“Ora, Deus não é Deus de mortos, e, sim, de vivos; porque para Ele todos vivem” (Jesus, o Cristo de Deus, no Seu Evangelho, segundo Lucas, 20:38).
Trazemos oportunamente a mensagem de Paiva Netto dirigida aos participantes da Segunda Sessão Plenária do Fórum Mundial Espírito e Ciência (FMEC), da LBV, reunidos no ParlaMundi da Legião da Boa Vontade*1(Brasília/DF, Brasil), de 20 a 23 de outubro de 2004. Esta matéria faz parte dos originais do seu livro Os Mortos não morrem, da Editora Elevação, que, por sinal, foi lida também pelo autor, abrindo as discussões sobre o tema, no encontro preparatório do evento, realizado nos dias 23, 24 e 25 de outubro de 2003.
(Os editores)
Será essa questão da morte realmente uma questão de morte?...
Na verdade, para falar com correção, a morte é um assunto essencial de Vida (ou da Vida). O pastor evangélico, adventista do Sétimo Dia e renomado intérprete do Apocalipse Uriah Smith (1832-1903)*2 definiu-a como “um tirano vencido”.
Essa realidade, contudo, não dá a ninguém o direito de suicidar-se, porque a morte não interrompe a existência do Espírito, pois, quando desperta no Mundo das Realidades Eternas, ele (ou ela) se descobre mais vivo (ou mais viva) do que nunca e com todas as suas preocupações a acompanhá-lo (ou acompanhá-la) e de maneira mais intensa. No entanto, é espantoso como o ser humano, até o de maior cultura, muita vez despreza, cético, um tema do qual não poderá esquivar-se, alegando não ser este científico, porém religioso.
Cabe então, aqui, este comentário do mais famoso cientista do século 20, o judeu-alemão Albert Einstein*3 (1879-1955): “Falando do espírito que impregna as investigações científicas modernas, creio que todas as especulações mais refinadas no campo da ciência provêm de um profundo sentimento religioso e que, sem esse sentimento, elas seriam infrutíferas. Creio também que esse tipo de religiosidade que hoje se faz sentir nas investigações científicas é a única atividade religiosa criativa de nossa época”.
Agora, uma curiosidade: na religião judaica, cemitério, em hebraico, quer dizer “Casa da eternidade”.
A posição da avestruz
Deixar de lado a investigação da probabilidade de a Vida prosseguir depois do desaparecimento do corpo físico por achar que, após ele, nada mais exista ou porque não “comprovaram” sua certeza até então, antes de tudo me parece uma atitude anticientífica e lembra a famosa posição da avestruz, que, ao se descobrir em perigo, esconde a cabeça no chão e deixa o resto do corpo de fora.
Anotemos, para meditação, este conceito expendido em O Novo Catecismo Católico — A Fé para adultos, edição de 1969, páginas 542 e 541: “Até mesmo o marxista, apesar de ensinar que o espírito é produto de células corporais, ao acompanhar um ‘cadáver’ para o cemitério, sente que deve haver algo mais e venera a morte. (...) Nenhum homem que acredite na Boa Nova pode dizer: ninguém jamais voltou da morte”.
Ainda hoje, entre certos pensadores, a preferência é para com aquilo que conhecem ou pensam avaliar bem. Muito cômodo...
Para esses, um dos hobbies mais comuns, talvez por confortável, seria a negação pura e simples do que não ousam decifrar... Entretanto, tal comportamento não causa espécie à Morte, que, pachorrentamente, ri de tudo isso e continua levando para o “Outro Lado” desde o cidadão desprovido de pecúnia ao mais poderoso monarca. Não devemos, pois, fugir de sua pesquisa, porque, se existe uma impossibilidade neste mundo, é a de alguém conseguir desviá-la do próprio caminho.
Disse o Buda*4 (aprox. 556-486 a.C.): “Erguei-vos, pois! Não sejais indolentes! Agi de acordo com a Lei. Aquele que observa a Lei vive feliz neste mundo e em todos os outros”.
E, agora, esta provocação do velho Einstein (1879-1955), o enunciador da Teoria da Relatividade, que volta a este texto para nos socorrer com a sua indesmentível sabedoria: “A mente avança até o ponto onde pode chegar; mas depois passa para uma dimensão superior, sem saber como lá chegou. Todas as grandes descobertas realizaram esse salto”.
Saibamos também encarar o momento derradeiro, com o humor sábio de Stephen Betler-Leacock*5: “Odeio os corretores de seguro de vida. Estão sempre argumentando que um dia morrerei — o que não é verdade”.
Antiga companheira
A Morte é a mais antiga companheira dos seres terrestres. Talvez por isso há quem deixe de perceber a sua extrema importância, conforme ocorre com as peças da casa, que seu morador contempla a todo instante. Há, porém, um fato que diferencia em tudo e por tudo o acontecimento inarredável: ele nos atinge de frente.
Bem a propósito, esta advertência do Profeta Muhammad*6 — “Que a Paz e as bênçãos de Deus estejam sobre ele” — no Alcorão Sagrado*7: “A Morte há de te arrebatar, ainda que estejas encerrado na mais poderosa das fortalezas”.
Diante disso, mais dia, menos dia, somos convocados àquelas perguntas filosóficas que todos se fazem, mesmo que inconscientemente, ou não as revelam a ninguém, a não ser ao próprio travesseiro...
Quem sou eu?
De onde vim?
Por que me alegro?
Por que sofro?
Por que um dia morrerei?
E, por consequência, para onde irei?
Quem consegue escapulir dessas instigantes indagações?
Transformação pela consciência espiritual
Nas Diretrizes Espirituais da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, vol. III, 1991, relacionei as seguintes ponderações:
Ninguém é mais feliz do que o ser humano consciente de sua origem, que é espiritual, e da necessidade de integração no Amor, “o clima do Universo”, no conceito do padre João de Brito (1647-1693). Esse júbilo acaba por se derramar sobre a Política, a Economia, a Filosofia, a Ciência, a Arte, o Esporte e a própria Religião, gerando um novo entendimento de todas as coisas, diante do qual o ser humano, sponte sua, não mais ferirá, odiará, matará, roubará, trapaceará, difamará, porque terá compreendido, acima de tudo, que dentro de si reside a Eternidade de Deus, que é, justamente, Amor (Primeira Epístola de João, 4:8). Utopia?! Mas qual o progresso, hoje, que, ontem, não foi a mais completa utopia?! Se é difícil, comecemos já (...), com base no Amor, o mais perfeito antídoto contra o ódio. Não adianta, pois, escapar do assunto Morte, que não exprime qualquer morbidez. Mórbido é fugir à realidade. E Tânatos*8 é uma certeza que devemos enfrentar, pois todos sofremos as suas consequências, boas ou más, conforme o que houvermos semeado, consoante a definição do Divino Mestre: “A cada um de acordo com as próprias obras” (Evangelho do Cristo, segundo Mateus, 16:27, e Apocalipse de Jesus, 22:12).
Aqui termina a transcrição da página, com alguns acréscimos que lhe fiz.
Jung e a questão da Morte
Vamos agora dar a palavra a James R. Lewis*9, quando comenta a posição de Carl Gustav Jung*10 (1875-1961), famoso psicólogo e psiquiatra suíço, o homem do “inconsciente coletivo”, sobre o fenômeno erroneamente chamado de Morte: “Embora Jung tenha sempre se recusado a afirmar abertamente que havia vida após a morte, geralmente insinuava que esse era o caso. Acreditava na sobrevivência espiritual além da morte física, e essa convicção foi reforçada pela sua crença de que a psique, como evidenciam os sonhos, comporta-se como se continuasse a existir. De acordo com Jung, os sonhos de morte estão ligados a um grupo primordial de arquétipos, e, através de sua análise, é possível concluir que haverá uma existência humana após a morte, caracterizada pelo nível de consciência obtido pelo indivíduo enquanto vivo. Assim, a vida terrena é altamente significativa, e o que o ser humano leva após a morte é muito importante, pois o ajuda a obter o limite superior de conhecimento e consciência na pós-vida. Jung sustentou que a suposição de que existe uma pós-vida significa muito para a maioria das pessoas e permite que elas vivam mais sensata e tranquilamente. Mesmo que não haja meio de provar a continuidade da alma após a morte, algumas experiências podem nos inclinar para esse ponto de vista, tais como os mitos, sugestões e alusões figurativas enviados pelo inconsciente através dos sonhos. De acordo com Jung, a morte geralmente surge como uma catástrofe, que é brutal não como um evento físico apenas, mas psíquico também. Mas, se a pessoa acredita na eternidade, a morte pode ser considerada como um evento feliz, um casamento em que a alma reúne sua metade desaparecida com o todo”.
Oração versus medo
Com propriedade, escreveu Allan Kardec*11 (1804-1869), em O Céu e o Inferno: “Para libertar-se do temor da morte é mister poder encará-la sob o seu verdadeiro ponto de vista, isto é, ter penetrado pelo pensamento no mundo espiritual, fazendo dele uma ideia tão exata quanto possível, o que denota da parte do Espírito encarnado um tal ou qual desenvolvimento e aptidão para desprender-se da matéria”.
É inteligente, pois, não temê-la. Ademais, o exercício da oração afasta de nós o medo.
Ninguém pode ficar alheio à Morte
Muitas outras figuras exponenciais da Humanidade, algumas conhecidas descrentes ou agnósticas, tiveram a Morte como tema de suas reflexões:
“A morte natural, a morte que é o resultado do desenvolvimento completo da Vida, essa morte não é um mal; a morte que é um mal é a que provém do vício, do crime, da necessidade, da miséria, da ignorância, da barbárie.” Ludwig Feuerbach (1804-1872), filósofo alemão.
“Perecemos, desaparecemos; mas a marcha do tempo continua.” Ernest Renan (1823-1892), escritor francês, autor do polêmico Jesus.
“A morte de uma pessoa querida, ou outra desgraça das que deixam no coração um sulco profundo, dispõe o espírito a graves pensamentos e imprime aos sentimentos uma direção religiosa.” Jaime Balmes (1810-1848), filósofo e sociólogo espanhol.
“A morte não é o apagamento da luz; é o ato de dispensar a lâmpada porque o dia já raiou.” Rabindranath Tagore (1861-1941), escritor e poeta hindu, Prêmio Nobel de Literatura.
“(...) E o pó volte à terra, como era, e o espírito volte a Deus, que o deu.” Salomão (Eclesiastes, 12:7).
“(...) e morrendo é que nascemos para a Vida Eterna.” Francisco de Assis (1181 ou 1182-1226), na sua famosa prece (Por sinal, “Il Poverello”, o Pobrezinho, é o patrono da Legião da Boa Vontade, LBV).
“Os que não acreditam em outra vida estão mortos mesmo nesta.” Goethe (1749-1832), filósofo alemão.
“Morrer é recomeçar. Porque é diante das infindáveis mortes que recomeçamos.” Lúcio Cardoso (1913-1968), escritor e pintor brasileiro
“Ó morte (...), como é universal o teu domínio.” Frei Luís de Granada (1505-1588)
“Esquecer-se dos mortos é esquecer-se de si próprio.” Alphonse Marie Louis de Prat de Lamartine (1790-1869), poeta, historiador e estadista francês.
“Morrer é mudar de corpo como os atores mudam de roupa.” Plotino (205-270), filósofo egípcio neoplatônico.
“Os mortos têm um modo de estar presentes maior do que quando eram vivos.” Pearl S. Buck (1892-1973), escritora norte-americana, especialista em romances sobre a China. Foi a primeira mulher da América a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura.
“Aquele que sabe que este corpo é efêmero como a espuma das ondas e ilusório como uma miragem quebrará as flechas floridas de Mara e, desapercebido do Rei da Morte, prosseguirá no Caminho." (Dhammapada 46).
A beleza da Criação Divina
Após tão apreciáveis reflexões, é forçoso inferir que o grande segredo da Vida é, amando a Vida, saber preparar-se para a Morte, ou Vida Eterna.
Quero pedir-lhes licença para reiterar essa passagem do que há pouco lhes manifestei: amando a Vida..., isto é, sem desejar, pois, de forma alguma, abreviá-la, porquanto a existência humana deve ser reverenciada, pelos imensos benefícios com que enriquece a nossa Alma. Afinal, se aqui tratamos do que se convencionou chamar de Morte, é para destacar a Vida, um seu outro nome. Estamos vivendo um tempo de grande Renascimento da natureza humana, sob forte sopro da Espiritualidade Superior.
Tanatologia e perenidade da existência
A simples apresentação dos notáveis anteriormente relacionados demonstra que o assunto não é tão “desimportante”*12 ou “fatídico”, quanto alguns querem fazer crer, pelos mais variados motivos. Entre eles, a descrença sistemática na perenidade da Vida ou o temor do “desconhecido”. Desconhecido igualmente entre aspas, porque, na verdade, não o é.
Já vigora entre nós o estudo da tanatologia, apoiado por nomes respeitáveis, até mesmo polêmicos, como o da Dra. Elisabeth Kubler-Ross (1926-2004)*13, o do Dr. Raymond Moody*14, o do Prof. Dr. Jorge Paulete Vanrell*15 , o do Dr. Ian Stevenson*16 e do Padre François Brune*17.
A respeito do injustificável temor às Almas, de que alguns padecem, admoesta o eminente político e médico espírita brasileiro Dr. Bezerra de Menezes (1831-1900)*18: “Não são os espíritos que assustam os homens. São os homens que atemorizam os céus com suas belicosas armas, impostas por domínios cruéis e insensatez constante”.
Ora, a manifestação espiritual em nossa existência revela-se, diariamente, aos olhos mais atentos. Para esses, não há temas tabus. Não se intimidam com as pressões do status quo. Por isso, vivem dispostos a avançar sobre território proibido pelo establishment. Entre eles se encontra a vanguarda da Ciência, campo luminoso do saber humano, que nada teme.
Todavia, àqueles receosos por seu futuro além das conhecidas barreiras somáticas, a serem vencidas, ainda desapercebidos de que neste ciclo natural de “ir e vir” entre Terra e Céu, ou, se assim preferirem, entre dimensões diversas, está o regozijo do aprendizado e da evolução pela Eternidade, destaco estes ilustrativos versos da inesquecível Cecília Meireles (1902-1964), em Cânticos (obra póstuma):
Cântico IV
“Tu tens um medo: Acabar.
“Não vês que acabas todo dia.
“Que morres no amor.
“Na tristeza.
“Na dúvida.
“No desejo.
“Que te renovas todo dia.
“No amor.
“Na tristeza.
“Na dúvida.
“No desejo.
“Que és sempre outro.
“Que és sempre o mesmo.
“Que morrerás por idades imensas.
“Até não teres medo de morrer.
“E então serás eterno”.
O grande pensador brasileiro Alziro Zarur (1914-1979)*19 preconizava: “Não há morte em nenhum ponto do Universo”.
Na liturgia católica da Ressurreição encontramos esta belíssima passagem do Apóstolo Paulo: “Morte, onde está a tua vitória? Onde, o teu aguilhão?” (Primeira Epístola aos Coríntios, 15:55).
No meu livro Reflexões da Alma (2003) incluí esta manifestação do renomado pastor evangélico Billy Graham*20: “A morte não é o fim, mas o começo de uma nova dimensão de vida — a vida eterna. (...) Pela Sua ressurreição dentre os mortos, Jesus demonstrou — sem qualquer sombra de dúvida — que existe vida após a morte”.
Como término de minhas palavras, porquanto não lhes quero tomar em demasia o precioso tempo, esta consideração do ateu-materialista Karl Heinrich Marx (1818-1883)*21: “Toda vez que o trem da Vida faz uma curva, os pensadores caem pela janela”.
Ora, o diálogo sobre o tema “Discutindo a Morte e a Vida após Ela”, parte integrante do Fórum Mundial Espírito e Ciência (FMEC), da LBV, humildemente surgiu para que ninguém seja lançado fora do comboio do conhecimento livre de fanatismos e de preconceitos. Se não nos confraternizarmos no debate de assuntos vitais para o desenvolvimento das gentes, aí, sim, estaremos verdadeiramente mortos, por nos termos tornado inúteis ao progresso espiritual, moral e, em consequência, material das criaturas e das nações.
Opinar civilizadamente
Por ser aqui o Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica da Legião da Boa Vontade, o ParlaMundi da LBV, todos têm, nas atividades dele, o dever de expressar suas opiniões, mesmo que com o calor natural à defesa das teses, todavia sem espírito de cizânia, portanto civilizadamente — de preferência...
Pobre da sociedade sem a discussão das ideias. Detestam-na, apenas, os que querem o domínio criminoso da mente humana. A História conta-nos o horror que tem sido a sua passagem pela Terra.
Meus agradecimentos a todos — autoridades, palestrantes, povo e mídia — pelo honroso prestígio de sua presença.
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*1 Legião da Boa Vontade (LBV) — Segundo o Prof. Luís Merege, da Fundação Getúlio Vargas, “a LBV é a maior instituição do mapa (do Terceiro Setor)”.
*2 Uriah Smith — Nasceu em West Wilton, New Hampshire, Estados Unidos da América. Em sua juventude, dedicou-se ao estudo da Bíblia, mormente as profecias do Apocalipse. Autor de As Profecias do Apocalipse.
*3 Albert Einstein — Físico judeu-alemão, um dos maiores gênios científicos de todos os tempos. Em 1900, formou-se na Escola Politécnica de Zurique, Suíça, e adotou nacionalidade desse país. Após seu casamento, em 1902, começou a trabalhar no Departamento de Patentes de Berna. Três anos depois, formulou a Teoria da Relatividade Restrita e passou a publicar artigos sobre física teórica. Mais tarde, anunciou a Teoria Geral da Relatividade, que apresentou uma nova visão dos fenômenos gravitacionais. Em 1921, recebeu o Prêmio Nobel de Física.
*4 Buda — O maior de todos os Budas, o que fundou o Budismo, foi Siddharta Gautama. Originário de uma família nobre, era mantido pelo pai, o rei Suddhodana. Uma tradição relata que a partir do instante em que teve contato com o sofrimento, andando pelos arredores do palácio, ao se deparar com a doença, a miséria, a velhice, a morte, ou seja, com a vida real, bem distante da existência luxuosa, deixou de lado todos os bens materiais, para se dedicar inteiramente à Vida Espiritual. Partindo do ponto de que viver é sofrer, Buda estabeleceu normas, orientando o sentido da perfeição.
*5 Stephen Butler Leacock — Escritor e economista canadense, nascido em Swanmore, Inglaterra. Escreveu vários livros sobre ciências políticas e econômicas assim como as biografias de Mark Twain (1932) e Charles Dickens (1933). Ele é mais conhecido por seus ensaios, paródias e contos nos quais demonstrava uma rica veia humorística e satírica.
*6 Muhammad — Nas suas múltiplas viagens teve conversas com os persas, judeus e cristãos. Casou-se com uma viúva rica, chamada Kadidja, prima de um cristão. A partir do ano 610 começou a ter visões, avisando-o que estaria destinado a restabelecer o Islã, isto é, a submissão a um só Deus. Era preciso acabar com a adoração de muitos deuses e evitar a corrupção em que o povo vivia. Deu início à sua pregação, reunindo muitos seguidores. Perseguido, foi convidado a fazer da cidade de Yathrib, localizada ao norte de Meca, a sede de seu apostolado. Começou, assim, a migração gradativa dos adeptos da nova religião. O deslocamento terminou em 25 de setembro de 622, data que se tornou o ponto inicial da cronologia islâmica. Esse ano ficou conhecido como da Hégira (saída).
*7 “Que a Paz e as bênçãos de Deus estejam sobre ele” — Saudação islâmica ao Profeta Muhammad.
*8 Tânatos (ou Tanatos) — Deus da mitologia grega que personifica a Morte.
*9 James R. Lewis — Norte-americano, autor de Enciclopédia da Vida após a Morte — Crenças, rituais, lendas e fenômenos extraordinários.
*10 Carl Gustav Jung — Nasceu no vilarejo de Kesswil, na Suíça. Filho de um pastor, Jung tinha ainda oito tios que também eram pastores. O contato de Jung com a religião influenciou profundamente seu trabalho. É considerado um dos maiores psiquiatras do mundo. Fundador da escola analítica de Psicologia, ele introduziu termos como extroversão, introversão e o inconsciente coletivo. Jung ampliou as visões psicanalíticas de Freud (1856-1939), interpretando distúrbios mentais e emocionais como uma tentativa do indivíduo de buscar a perfeição pessoal e espiritual.
*11 Allan Kardec — Educador francês, cujo bicentenário de nascimento é comemorado em 2004, foi discípulo do pedagogo suíço Pestalozzi (1746-1827) e codificou o Espiritismo. Entre suas obras publicadas destacam-se O Livro dos Médiuns, A Gênese, O Evangelho Segundo o Espiritismo e O Livro dos Espíritos.
*12 Nota do autor — Assunto “desimportante” — Por que alguns pensam assim a respeito de fator tão decisivo na existência humana? Basta lembrar que dizem: “Ah! Um dia vou morrer mesmo! Então, deixa a ‘morte’ para lá”. Trata-se de uma forma de raciocínio que beira a leviandade.
*13 Dra. Elisabeth Kübler-Ross — Médica psiquiatra nascida em Zurich, Suíça, e radicada nos Estados Unidos. Dedicou a maior parte de sua vida ao trabalho com pacientes terminais e as famílias deles.
*14 Dr. Raymond Moody — Médico psiquiatra norte-americano e professor de Psicologia na West Georgia College. É autor de Vida depois da vida.
*15 Prof. Dr. Jorge Paulete Vanrell (MD, DSc (Ph.D.), LLB, JD, BedSc) — Nascido em Montevidéu, Uruguai. Médico legista, perito médico forense, é também Professor de Medicina Legal no curso de Direito da Unirp (São José do Rio Preto/SP, Brasil) e Professor de Medicina Legal e de Criminologia da Academia de Polícia Civil de São Paulo.
*16 Dr. Ian Stevenson — Respeitadíssimo por seu rigor científico, este psiquiatra canadense, nascido em Montreal, Estado de Quebec, em 31 de outubro de 1918, é reconhecido mundialmente pelos estudos relativos à reencarnação. Catedrático em Neurologia e Psiquiatria na Universidade de Virgínia, EUA, escreveu dezenas de livros, nos quais reuniu sua vasta pesquisa de toda uma vida. Ele já catalogou mais de três mil casos de histórias fantásticas de crianças que relembram vidas anteriores.
*17 François Brune — Padre francês, bacharel em Latim, Grego e Filosofia e licenciado em Teologia. Nasceu em 18 de agosto de 1931. François evidencia o valor do estudo da vida além-túmulo por meio do rádio, da TV e do computador. Como declara o professor Clóvis Nunes em seu livro Transcomunicação — Comunicações tecnológicas com o Mundo dos Mortos: “Por parte da Igreja Católica, o padre Brune nos falou pessoalmente que o interesse nessas pesquisas se intensificou, desde o apoio do Papa Paulo VI em 1969. Apesar de não ter se pronunciado oficialmente, o Vaticano continuou incentivando essas investigações através de seus membros eclesiásticos”.
*18 Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti — Personalidade ímpar na história da monarquia e no início da república no Brasil, foi abolicionista inflamado, além de Presidente da Câmara Municipal da Corte (Rio de Janeiro), uma espécie de prefeito dos dias atuais. Foi também Presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB). Por sua devoção aos carentes, era chamado “Médico dos Pobres”.
*19 Alziro Zarur — Nascido na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, no Natal de Jesus de 1914. Jornalista, radialista, escritor e poeta, fundou a Legião da Boa Vontade (LBV), em 1o de janeiro de 1950, e brilhantemente presidiu-a até a sua passagem para o Plano Espiritual, em 21 de outubro de 1979. Polêmico e carismático, pregador entusiasta do Evangelho e do Apocalipse de Jesus de forma popular e inovadora, o pensador Zarur foi também o grande precursor do Ecumenismo Total no mundo, tese que já sustentava desde a sua adolescência, quando lançou os fundamentos de sua Cruzada de Religiões Irmanadas. Recebeu das mãos do Núncio Apostólico — Dom Sebastião Baggio — a Medalha do Papa Paulo VI por serviços prestados à causa do Ecumenismo.
*20 Billy Graham (1918-2018) — Nascido em Charlotte, Carolina do Norte, em 1918, foi um dos mais conhecidos e respeitados líderes evangélicos dos Estados Unidos da América.
*21 Karl Heinrich Marx (1818-1883) — Economista, filósofo e socialista alemão, Karl Marx nasceu em Trier. Estudou na Universidade de Berlim. Em 1843, mudou-se para Paris, editando em 1844 o primeiro volume dos Anais Germânico-Franceses. No mesmo ano, naquela cidade, conheceu Friedrich Engels. Foi o começo de uma forte amizade durante a toda vida. Quando na França estourou a revolução, em 24 de fevereiro de 1848, Marx e Engels publicaram o folheto O Manifesto Comunista, primeiro esboço da teoria revolucionária que, mais tarde, seria chamada marxista. Em 1867, publicou o primeiro volume de sua mais famosa obra, O Capital.
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