Conclusivo ideal do Cidadão do Espírito

Fonte: Portal Boa Vontade, publicado em 26 de fevereiro de 2015. | Atualizado em junho de 2023.

Jesus, Moisés, Buda, Lao-tsé, Confúcio, Zoroastro

Tela: Peter Paul Rubens

Pedro

Fazer prece (que se assemelha a meditar) constitui um entrelaçamento entre a Terra e o Céu, uma interação de Paz, de Fraternidade, de Solidariedade, de sentimento de compaixão uns pelos outros na hora da dor e da alegria, a despeito de crença ou descrença. Não se ora apenas quando nos ajoelhamos de corpo ou Espírito diante do Poder Superior. Sobretudo, quando nos amamos uns aos outros tanto quanto Jesus nos tem amado, quanto Moisés amou, quanto o Profeta Muhammad amou, quanto Buda amou, quanto Lao-tsé amou, quanto Confúcio amou, quanto Zaratustra amou; e conforme incontáveis missionários de Deus trouxeram à Terra uma mensagem de Paz, de Misericórdia, de Conhecimento, de Fraternidade. E o mundo precisa tanto disso para sobreviver! Eis por que é necessário que haja forte atenção à disciplina além do intelecto (só o intelecto humano não basta), conforme propõem a Pedagogia do Afeto e a Pedagogia do Cidadão Ecumênico. Elas são isso. Representam o encontro com Deus, o Criador Supremo, por meio de Suas criaturas, Cidadãs do Espírito. Do contrário, nada adianta, pois nos poderemos acabar estorricando uns aos outros e a reproduzir a profecia de Pedro Apóstolo, na sua Segunda Epístola, capítulo terceiro. No entanto, a humanidade é teimosa e sempre sobrevive aos seus mais enlouquecidos tempos e comandantes. Quanto ao fato de ter eu afirmado que fazer prece assemelha-se a meditar, significa dizer que nem os Irmãos ateus estão excluídos desse benefício.

Divulgação TBV

Ideologia e Caridade

Amor, Harmonia, Solidariedade, espírito de Justiça aliado à Bondade, jamais à vingança; Liberdade com respeito aos demais entes humanos; Verdade sem fanatismo social, político, filosófico, religioso ou científico; auxílio aos que sofrem, no corpo ou na Alma; Política e Economia, acompanhadas pelas virtudes da Correção e da Generosidade; Instrução, Educação, Reeducação, consoante a Fraternidade Ecumênica; portanto, tudo aquilo que na Paz ou na guerra torna forte a criatura, na Terra e no Mundo Invisível, que não é uma abstração, forma o conclusivo conceito de ideologia para o Cidadão do Espírito: Caridade, ou seja, o ar moral que, como seres realmente civilizados, devemos respirar.

Faz-se mister recordar o que fraternalmente nos ordenou Jesus: “Ide e pregai, dizendo: É chegado o Reino dos Céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios, dai de graça o que de graça recebeis. Vesti os nus, alimentai os famintos, amparai as viúvas e os órfãos. Eu sou o Caminho, e a Verdade, e a Vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim. Conhecereis a Verdade [de Deus], e a Verdade [de Deus] vos libertará” (Evangelho, segundo Mateus, 10:7 e 8; Epístola de Tiago, 1:27; e Boa Nova, conforme João, 14:6 e 8:32).

Caridade e estratégia

A Caridade não é um sentimento de tolos. É a misericordiosa estratégia de Deus que, aliada à Justiça Divina (que não é a violência que homens inescrupulosos têm como tal), estabelece nos corações a condição perfeita para que se governe, administre, empresarie, trabalhe, pregue, exerça a Ciência, elabore a Filosofia e se viva, com espírito de generosidade, a Religião.

Caridade e Justiça

A Caridade é a Ideologia Divina do espírito de Justiça.

Suprassumo da Caridade

Disse Jesus: “Novo Mandamento vos dou: amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos (...). Não há maior Amor do que doar a própria vida pelos seus amigos. (...) Porquanto, da mesma forma como o Pai me ama, Eu também vos amo. Permanecei no meu Amor” (João, 13:34 e 35 e 15:13 e 9).

Arquivo BV

Alziro Zarur

Eis que nos encontramos diante do suprassumo da Caridade, como já lhes declarei, síntese do verdadeiro sentido de ideologia que os mais puros idealistas, de todas as origens, sempre buscaram e buscam. Ora, sem o Amor Fraterno (que é sinônimo de Caridade), sem a Verdade e sem a Justiça nunca haverá Paz duradoura. Alziro Zarur (1914-1979), em momentos de profunda inspiração, com toda a força de sua Alma, assim definiu o Mandamento Novo de Jesus:

1o — O Novo Mandamento de Jesus é a Essência de Deus;

2o — O Novo Mandamento de Jesus é a salvação da humanidade;

3o — O Novo Mandamento de Jesus — “Amai-vos como Eu vos amei” — é a Chave da Vida e a Chave da Morte.

Profundas definições do grande proclamador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo. Aí está, pois, em resumo a ação da Política Divina, que pregamos para o erguimento “de um Brasil melhor e de uma humanidade mais feliz”.

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.