A Autoridade de Jesus e os Selos do Apocalipse

Fonte: Artigo datado de 29 de abril de 1997, terça-feira. | Atualizado em janeiro de 2022.

Quando analisamos com o povo “O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração”*1 — série radiofônica veiculada entre outubro de 1990 e fevereiro de 1992, alcançando a marca de mais de 450 programas —, apresentamos nossa perspectiva sobre o Quarto Selo, no qual aparecem o cavalo amarelo e seu cavaleiro. Eis o trecho:

O Quarto Selo

7 Quando o Cordeiro de Deus abriu o Quarto Selo, ouvi a voz do quarto ser vivente dizendo: Vem e vê!

8 E surgiu um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o Inferno o estava seguindo, e lhes foi dada autoridade sobre a quarta parte da Terra para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da Terra.

(Apocalipse, 6:7 e 8)

Recordemos que o primeiro cavalo é o branco (Primeiro Selo), estando sobre ele Jesus, que “saiu vencendo e para vencer”. Em seguida, o cavalo vermelho (Segundo Selo), que retrata a guerra; o cavalo preto (Terceiro Selo) refere-se à fome; e, por fim, o cavalo amarelo (Quarto Selo), que é a morte, caracterizada também pelas doenças e pestes. Os Selos, como um todo, simbolizam a intimidade dos seres espirituais e humanos sendo exposta. E quem possui Autoridade Espiritual para abrir os Selos é o Cristo de Deus. Por isso, Ele está revelando à humanidade aquilo que ela cultiva no coração, para que possa vir a redimir-se de sua ignorância.

Tela: Sátyro Marques (1935-2019)

Detalhe da obra: A Conquista.

Por que o último cavalo é o amarelo? Já pararam para pensar nisso? Ele é decorrência dos dois anteriores, a começar pelo vermelho. E não aguardem apenas acontecimentos literais, pois precisamos decifrar o Evangelho-Apocalipse em Espírito e Verdade, à luz do Novo Mandamento do Cristo — “amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros” (Evangelho, segundo João, 13:34 e 35). A guerra traz consigo a fome e a doença, que, por sua vez, se convertem novamente na eclosão de conflitos. É um círculo vicioso que se retroalimenta. Mas não pensem que guerra é somente um pessoal ficar de um lado para o outro a dar tiros ou a lançar foguetes que destroem cidades inteiras. A guerra é muito mais solerte, até mesmo sutil, felina na sua violência, como a todo o momento assistimos por aí, porque satanás é muito astucioso.

Os principais explosivos, já o disse, estão dentro dos corações humanos e é lá que devem ser desarmados. E isso desemboca de igual modo na fome do Espírito, nas mazelas da Alma, que infelizmente levam multidões ao desequilíbrio completo. Então, de uma intimidade espiritual-humana de brutalidade, o que se pode esperar? Observem as relações familiares, ou na sociedade, ou no trabalho… Temos visto uma escalada da violência em vários níveis, que, da mesma forma, desponta como devastadora pandemia e depois se irrompe na má condução da política, da economia, das finanças de um país, por exemplo. Ela gera a exploração de nações mais poderosas sobre as menos fortes, subjugando-as em termos sociais, culturais, científicos e assim por diante. Sem falar nos maus-tratos ao meio ambiente. A devastação da nossa morada coletiva não ficará sem sérios prejuízos a todos os inquilinos da Terra. A destruição da Natureza é a extinção da raça humana, repito há décadas. As mudanças climáticas, o desmatamento, a poluição e outras inconsequentes interferências nos inúmeros ecossistemas podem acarretar o surgimento de doenças novas que passam das diferentes espécies aos humanos*2. Logo, é necessário compreender que não é Deus Quem amaldiçoa a Terra com os avisos proféticos. A cada ação corresponde uma reação. Não há efeito sem causa. O indivíduo mesmo esculpe o seu destino. Porquanto, diante da ferocidade das conflagrações que nascem nas Almas, por vezes nos tornamos reféns de nossa bestialidade, do próprio ódio destilado no mundo.

Em geral, quando vem a pestilência, por meio de uma pandemia, há aqueles que revelam o que há de pior dentro de si, ao ponto extremo de pessoas se matarem umas às outras. Em contrapartida, muitos crescem espiritualmente, moralmente e vão servir de polos de luz até para esses que estão se dizimando, passando fome, ou enfrentando moléstias mil. Queiramos nós estar nessa segunda chave de elevação espiritual e de exercício da Caridade Completa (Material e Espiritual).

Há uma filigrana na análise dessa passagem bíblica sobre os quatro cavaleiros, retomando o que lhes afirmei anteriormente a respeito da grande mensagem do Apocalipse ser a da Esperança. Qual é o único cavaleiro que regressa no decorrer do Livro Profético? É justamente Aquele que carrega o Sinete Divino da Vitória: Nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo. Os outros três passam, mas quem se mantiver fiel Àquele que está montado sobre o cavalo branco — apesar de todo o galope do cavalo vermelho (a guerra), do cavalo preto (a fome e a exploração) e do cavalo amarelo (a peste e a morte) — testemunhará e será copartícipe da imensa transformação de todas as coisas iníquas deste orbe que, de provas e expiações, se elevará à fase de regeneração. É a Misericórdia de Jesus que nos sustenta, ontem, hoje e eternamente! Enfrentaremos as tribulações, mas sabemos, desde o princípio, que não há o que recear; a glória é certa, pois, com o Divino Mestre, sairemos vencendo e para vencer, como nos conforta o Apocalipse!

O CRISTO, O VENCEDOR DA BESTA E DO FALSO PROFETA

11 Depois vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O Seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça.

12 Os Seus olhos são chama de fogo; na Sua cabeça há muitos diademas; tem um nome escrito que ninguém conhece senão Ele mesmo.

13 Está vestido com um manto tinto de sangue, e o Seu nome é o Verbo de Deus;

14 e O seguiam os exércitos que há no Céu, montando cavalos brancos, vestidos de linho finíssimo, branco e puro.

15 Sai da Sua boca uma espada afiada de dois gumes, para com ela ferir as nações; e Ele mesmo as regerá com cetro de ferro, e, pessoalmente, pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso.

16 Tem no Seu manto e na Sua coxa um nome inscrito: Rei dos reis e Senhor dos senhores

17 Vi, então, um Anjo posto em pé no sol, que clamou com grande voz, falando a todas as aves que voam pelo meio do céu: Vinde, reuni-vos para a grande ceia de Deus,

18 para que comais carnes de reis, carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e seus cavaleiros, carnes de todos, quer livres, quer escravos, assim pequenos como grandes.

19 E vi a besta e os reis da Terra, com os seus exércitos, congregados para pelejarem contra Aquele que estava montado no cavalo e contra o Seu exército.

20 Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta que, com os sinais feitos diante dela, seduziu aqueles que receberam a marca da besta e eram os adoradores da sua imagem. Os dois foram lançados vivos dentro do lago do fogo que arde com enxofre.

21 Os restantes foram mortos com a espada aguda que saía da boca Daquele que estava montado no cavalo. E todas as aves se fartaram das suas carnes.

(Apocalipse, 19:11 a 21)

Diante de tal inspiração de Fé Realizante, que possamos todos triunfar sob a Divina Claridade da Eterna Esperança chamada Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, que jamais nos relega à nossa própria sorte.

Tela: Sátyro Marques (1935-2019)

As lições fraternas e universais do Rei dos reis e Senhor dos senhores servem de bússola espiritual-moral, a nos guiar em todos os momentos da nossa jornada de Vida Eterna.

Nosso norte é Jesus!

Louvado seja Deus e a Autoridade Espiritual do Cristo, pelos séculos dos séculos! Amém!

Agradecimento

Transmito aqui o meu abraço à talentosa jornalista Marcia Peltier, que me endereçou palavras de incentivo por ocasião da entrega do Prêmio Super Cap de Ouro, no dia 22 de abril, em São Paulo/SP.

Ao ser cumprimentado pela equipe da LBV — que lá prestigiava o respeitado prêmio concedido pelo Grupo Jornalístico Ronaldo Côrtes —, a comunicadora destacou: “O trabalho da LBV é muito importante porque se pudéssemos ter mais organizações que lutassem pelo bem-estar e pelo crescimento de crianças e de comunidades, realmente, o país estaria bem melhor”.

É como costumo dizer: Você ajuda. A LBV faz!.

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*1 “O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração” — Série radiofônica levada ao ar de 27 de outubro de 1990 a fevereiro de 1992, logo se tornou, por sua particular abrangência e popularidade, sucesso de audiência, alcançando a marca de mais de 450 programas transmitidos. Nessas preleções feitas de improviso, Paiva Netto analisa, com justeza, “o livro mais importante das Escrituras Sagradas da atualidade”, no dizer de Alziro Zarur (1914-1979). Hoje mesmo você pode acompanhá-la pelas ondas da Super Rede Boa Vontade de Rádio ((veja as emissoras em boavontade.com/radio) ou pelo aplicativo Boa Vontade Play (disponível pela loja de aplicativos de seu celular ou tablet). Diante de tamanha repercussão, Paiva Netto verteu as aulas para texto, publicando uma coleção de livros com o mesmo nome da série e que já vendeu mais de 3,5 milhões de exemplares. Fazem parte dela: Somos todos Profetas (1991); As Profecias sem Mistério (1998); Apocalipse sem Medo (2000); Jesus, o Profeta Divino (2011); e Jesus, a Dor e a origem de Sua Autoridade — O Poder do Cristo em nós (2014). Adquira pelo site www.PaivaNetto.com/livros.

*2 Nota da Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista — A atual pandemia, provocada pelo novo coronavírus, é uma prova disso.

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.