Ano Internacional da Astronomia

Fonte: Jornal A Tribuna Regional, de Santo Ângelo/RS, de 15 e 16 de agosto de 2009, sábado e domingo.

As Nações Unidas elegeram 2009 como o Ano Internacional da Astronomia. Celebração sob a responsabilidade da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e da União Astronômica Internacional, que nos convida a refletir nos contributos e conquistas da Astronomia para a Humanidade. Comemoraram-se também os 400 anos das primeiras observações do espaço, feitas por Galileu Galilei (1564-1642). Com o tema “O universo para você descobrir”, objetiva-se estimular a curiosidade, principalmente de crianças e jovens.

Astronomia e Mundo Espiritual

Numa entrevista à repórter Ana Serra, de Portugal, ao falar da realidade da Vida após o fenômeno chamado morte, ressaltei o excelente desafio às gerações de astrônomos que se sucederão no decorrer do Terceiro Milênio. Inspirados na coragem desbravadora de Galileu, que eles possam um dia mostrar a todos a verdadeira face do Cosmos. Pontuei que o Mundo Espiritual, como gosto de lembrar, não é algo abstrato, indefinido. Ele realmente existe, pleno de vibração e trabalho. Não o vemos ainda por uma questão de frequência, obstáculo a ser desvendado pela atividade científica e suplantado pela evolução dos sentidos físicos, que se abrirão para novos céus e novos mundos. (...) Quando o notável filho de Pisa quis corrigir — comento-o em forma de bom humor — a inclinação da famosa torre no território da Astronomia, ao declarar, reiterando o polonês Nicolau Copérnico (1473-1543), que a Terra nunca foi o centro do Universo, quase o mataram, porque ele, por amor à verdade, atreveu-se a quebrar alguns conceitos “inamovíveis” de ilustres do saber daquele tempo. Entretanto, com Galileu firmou-se a ciência experimental moderna. (...) Depois de Einstein (1879-1955), os pensadores não mais buscam diferenças entre massa e energia. A massa se vê, a energia se sente. O espaço parece vazio, mas lá está a energia em vigor:

Astronomia e evolução

Segundo me relata a professora Simone Barreto, da LBV no Rio de Janeiro, o renomado astrônomo e conselheiro do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV, dr. Ronaldo Rogério de Freitas Mourão (1935-2014), nos estúdios da Boa Vontade TV, ao dissertar sobre o Ano Internacional da Astronomia, afirmou com propriedade que “nós não somos o último estágio da civilização. Essa evolução tem de ser permanente”. Eis um estado de consciência que nos pode levar mais adiante do que registra a percepção humana.

Durante o colóquio, o célebre cientista disse que “a LBV está sempre acompanhando os acontecimentos importantes da astronomia e da ciência em geral. É um momento para divulgar mais a astronomia, a ciência, mostrar a sua importância no cotidiano, a contribuição que foram as pesquisas espaciais e também a defesa do céu; momento para lutar contra a poluição que impede de ver a beleza do firmamento que tem inspirado tantos cantores, pintores... Os 40 anos do homem na lua, 90 anos da confirmação da Teoria da Relatividade, 400 anos da primeira observação telescópica por Galileu Galilei, apresentando um novo panorama do universo que nós não tínhamos conhecimento, além dos 400 anos da astronomia nova de Kepler.

“O dirigente da LBV sempre promove essas reuniões [como as do Fórum Mundial Espírito e Ciência]. Sempre defendo que ele também aceita que nós [Seres Humanos] não somos os únicos no Universo; que há outros planetas habitáveis e, talvez, com uma civilização mais avançada do que a nossa ou mais atrasada. Nesses Fóruns da LBV, todas as religiões estão reunidas. Há uma grande liberdade de opinião, que exatamente caracteriza a mente do jornalista Paiva Netto, mente aberta a todas as religiões. É o que aprecio nele”.

Simone Barreto encerra informando que ─ “O dr. Ronaldo Mourão continuou discorrendo sobre o valor de respeitáveis astrônomos para a evolução teórica e a comprovação científica, como Galileu Galilei, Kepler, Copérnico, promovendo uma mudança de concepção do universo. Enfatizou que a ciência avança e tem de se adaptar aos processos de conhecimento, como o telescópio, que é recente. Hoje, temos o Hubble, os satélites espaciais, as sondas, como meios de aumentar a capacidade de ver e compreender o universo, que está sempre em expansão. Nesses dez anos, os cientistas estão vivendo uma revolução: a descoberta da energia escura e da matéria escura. E a aceleração constante no universo só pode ser explicada por essa energia. A astronomia contribuiu muito para a criação do calendário, a contagem do tempo, as efemérides, as posições dos astros no tempo e no espaço. Agora, é utilizada para calcular as órbitas dos satélites artificiais. As pesquisas científicas estão bastante avançadas, tanto na telecomunicação — as observações são muito mais precisas — quanto para a meteorologia, na qual se tem uma visão melhor do nosso planeta. Tudo isso e muito mais pode ser conferido na íntegra no programa Boa Vontade Entrevista, diariamente pela Boa Vontade TV (Oi TV — Canal 212 — e Net Brasil/Claro TV — Canais 196 e 696). Informações pelo telefone: 0300 10 07 940 (telefone fixo: custo de ligação local mais impostos)”.

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.