Jesus, o Profeta Divino (Terceira Parte)

Prosseguindo em nosso peregrinar pelas entrelinhas do Livro da Revelação, chegamos ao terceiro capítulo do primeiro programa da famosa série radiofônica “O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração”. O Irmão Presidente-Pregador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, José de Paiva Netto, convida-nos à análise ecumênica das páginas do último livro do Cânone Sagrado, direcionando-nos, com hábil conhecimento, ao raciocínio segundo o qual a mensagem profética do Apocalipse se faz presente em todos os textos sagrados da humanidade, em especial no Antigo Testamento da Bíblia. Outro detalhe que impressiona nesta terceira parte de Jesus, o Profeta Divino é a utilização, por parte do autor, de depoimentos alertadores de personalidades históricas dos mais diversos segmentos da sociedade, os chamados profetas laicos, que, desse modo, tiram do Livro Divino o estigma de obra visionária sem nenhum sentido prático na vida dos povos. Nesse contexto, a Ciência tem preponderante papel na confirmação de que vivemos o Fim dos Tempos e se faz necessário agirmos rapidamente em defesa de nossa moradia planetária.

Os editores

Método de estudo

Estamos analisando o primeiro capítulo de “O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração”. Contudo, muita vez, é essencial, tendo em vista os episódios que ocorrem hoje em todo o planeta, recorrermos a outras passagens do Livro das Profecias Finais que esclareçam, de imediato, a humanidade que continua distraída a respeito de alguns acontecimentos urgentes. Daí permanecermos, um pouco mais, comentando trechos do capítulo 16 do Apocalipse; porém, em função do primeiro.

Coveiros da economia planetária

“8 O quarto Anjo derramou a sua taça sobre o sol, e lhe foi dado afligir os homens com calor e fogo.

“9 Com efeito, os homens se queimaram com o intenso calor (ardor do sol), e blasfemaram o nome de Deus que tem a autoridade sobre estas pragas, e não se arrependeram para Lhe darem glória” (Apocalipse de Jesus, O Quarto Flagelo, 16:8 e 9).

Certos pesquisadores que, no capítulo anterior, vimos deplorando, ou negam acontecimentos manifestos da precipitação da mudança do clima na Terra (apontada por diversos outros estudiosos), provavelmente insuflados pelos que desejavam manter o status quo da economia avassaladora de nem sempre tão apreciáveis interesses nacionais e internacionais, esquecidos de que estão cavando, isto sim, a possível sepultura planetária da economia; ou então projetam as consequências do efeito estufa para daqui a, pelo menos, 100 anos. Estou com quase 50*¹, já vi muita coisa neste mundo. E desde pequeno escuto negativas a fatos consumados, como fizeram com o uso pernicioso do fumo, que gente de renome afirmava não provocar malefícios nem mesmo portar elementos que estimulam o vício, o que resultou, e resulta, em incontáveis multidões de enfermos e mortos, fatores dramáticos que oneram o bom andamento econômico dos países. Aquelas rejeições à verdade, partindo de pessoas competentes e acima de toda suspeita, são, na atualidade, semelhantemente, aberração flagrante na presença de transformações climáticas, percebidas até pelos mais simples, pois obviamente sem demora vêm se dando.

Ora, não obstante os homens estarem se queimando com “o intenso calor” (vejam o problema de câncer de pele*² e tanto agrotóxico na alimentação), eles “blasfemaram o nome de Deus que tem a autoridade sobre estas pragas” (16:9). Isto é, em vez de pedir ao Pai Celestial iluminação para corrigir essa tragédia, os filhos ainda ultrajam o Santo Nome do Criador dos Mundos “que tem a autoridade (portanto, no caso, o conhecimento) sobre estas pragas” (16:9), que nós, seres humanos, disparamos uns contra os outros.

No tocante a suplicar a Claridade Celestial, em vez de blasfemar contra Deus, devemos buscar o exemplo de Salomão, impresso no segundo livro de Crônicas, 1:7 a 12:

O sábio pedido de Salomão

“7 Naquela mesma noite, Deus apareceu a Salomão e disse-lhe: Pede o que quiseres que Eu te dê.

“8 E Salomão respondeu-Lhe: Tu usaste de grande benevolência com Davi, meu pai, e a mim me fizeste rei em seu lugar.

“9 Agora, pois, ó Senhor Deus, confirme-se a Tua palavra, dada a Davi, meu pai; porque Tu me fizeste rei sobre um povo numeroso como o pó da terra.

“10 Dá-me, pois, agora, sabedoria e conhecimento, para que possa sair e entrar perante esta gente; porque quem poderia julgar a este Teu tão grande povo?

“11 Então, Deus disse a Salomão: Porquanto houve isso no teu coração, e não pediste riquezas, bens ou honra, nem a morte dos que te aborrecem, nem tampouco pediste muitos dias de vida, mas pediste para ti sabedoria e conhecimento, para poderes julgar a meu povo, sobre o qual te constituí rei,

“12 sabedoria e conhecimento te são dados; e te darei riquezas, e bens e honra, qual nenhum rei antes de ti teve, e depois de ti tal não haverá”.

Dirigir-se, com irrisão, isto é, zombaria, em afronta ao Sublime Benfeitor da Humanidade, é a maior incongruência. Aliás, no meu livro Ecce Deus! (Eis Deus!, Aqui está Deus), no capítulo “... deus humano e ataque de nervos”, destacando a funesta adoração ao deus antropomórfico, ilustro o fato de alguns, equivocadamente, revoltarem-se contra o Criador de nossa existência:

A questão é que parte das gentes parece ter-se acostumado de tal forma a enganar-se a si própria que até hoje se comporta como se o deus criado à sua imagem e semelhança, portanto antropomórfico e selvagem, devesse ad aeternum prosseguir... E, como assim raciocina, age segundo os atabalhoados “ensinamentos” dele. Dá-se mal, então...

O curioso é que, quando as coisas não terminam conforme o esperado, voltam-se contra o Deus Divino, que nada tem a ver com a entidade caricata produzida à maneira do bípede pensante... Nem sempre bem pensante, por sinal.

Reconhecimento da Sabedoria Divina

Voltando ao texto do Apocalipse, encontramos mais esta advertência: “(...) e não se arrependeram para Lhe darem glória” (16:9). Quer dizer, oferecerem louvores ao Senhor de toda a Sabedoria.

Estais com a razão! — exclama outro ouvinte. Vamos deixar de tanta teoria estorricante e passar a unir esforços, fazer parcerias, corrigir os nossos erros. Afinal de contas, estamos na Terra. É a nossa morada única!

Planeta Terra — a casa de todos

O presidente John Fitzgerald Kennedy (1917-1963)*3, dos Estados Unidos, já pressentira tal panorama insensato de desprezo pelo nosso orbe, como se pode inferir de seu discurso proferido em 10 de junho de 1963, em Washington, D.C.:

“(...) Não sejamos, pois, cegos quanto a nossas diferenças, mas dirijamos também a atenção para nossos interesses comuns e para os meios pelos quais as diferenças possam ser resolvidas. Se não pudermos, agora, pôr paradeiro a elas, poderemos, pelo menos, auxiliar a proporcionar segurança ao mundo — não obstante nossas dificuldades —, pois, em última análise, nosso elo comum e básico está em todos nós habitarmos este planeta. Respiramos todos o mesmo ar. Todos nós acarinhamos o futuro de nossos filhos. E todos nós somos mortais (...)”*4.

Mas não é o que ocorre. Alguns até debocham de tamanho infortúnio anunciado. Muitos ecologistas ainda são chamados de “ecochatos”. Importuno, porém, será o quadro com o qual a humanidade irá deparar.

* * *

Adendo

Preocupação crescente

A jornalista e radialista Beatriz Fagundes, em O Sul, de Porto Alegre/RS, em 21 de novembro de 2007, quarta-feira, registra com todas as cores o que vem por aí:

“O sinal vermelho já está ligado e, segundo o pai da Teoria de Gaia*5, a tragédia é irreversível. Segundo ele, mais de 6 bilhões de pessoas desaparecerão até o fim deste século. (...) James Lovelock, aos 88 anos, é um dos cientistas mais respeitados e influentes do século 20. (...) ‘Posso estar errado a respeito de tudo isso’, ele admite. ‘O problema é que todos os cientistas bem-intencionados que argumentam que não estamos sujeitos a nenhum perigo iminente baseiam suas previsões em modelos de computador. Eu me baseio no que realmente está acontecendo’”.

De igual modo, deve-se levar muito a sério a Grande Tribulação, prevista por Jesus no Evangelho, segundo Marcos*6, 13:18 a 20 e 23:

“18 Orai, pois, para que a vossa fuga não suceda no inverno,

“19 porque, naqueles dias, haverá uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio da criação divina, até agora, nem jamais se repetirá.

“20 E, se o Senhor não abreviasse aqueles dias, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, que Ele mesmo escolheu, abreviou Deus aquele tempo.

“23 Mas vede vós: eis que de antemão vos tenho dito tudo”.

Isso não é brincadeira! Todavia, nosso Divino Educador, e naturalmente por isso, nos vem, conforme Ele próprio afirma, advertindo “de antemão”. Jesus é, indesmentivelmente, o Grande Amigo que não abandona amigo no meio do caminho. Afinal de contas, Ele é o Exemplo Maior do Irmão e Companheiro fidelíssimo, qualidades humanitárias citadas por João, Evangelista e Profeta, que as aprendeu com seu Mestre, consoante o Apocalipse, 1:9: “Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, encontrei-me na ilha chamada Patmos, por causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus Cristo”.

Louvado seja Deus!

Se mirarmos nossos atos de preservação da vida no planeta, fazendo uso desse singular altruísmo descrito no Apocalipse, jamais permitiremos que ocorra o previsto pelo filósofo e teórico político irlandês Edmund Burke (1729-1797): “Para que o mal vença, basta que os homens de bem fiquem de braços cruzados”*7.

Jamais! Jamais! Jamais!

A dessectarização do Cristianismo

Para finalizar o estudo de hoje, convido-os, assim como temos proposto a dessectarização de Jesus, a avançar nas pregações nossas sobre a consequente dessectarização do Cristianismo, que os homens dividiram em rebanhos de acordo com os seus graus de entendimento e, até mesmo, de proveitos nem sempre do agrado de Deus. Basta ler a História.

Ainda a respeito desse assunto, que está chamando a atenção de muitos que nos escrevem e nos ouvem, trago comentários do jornalista, membro da Associação Brasileira de Imprensa, a nossa heroica ABI, e radialista Francisco de Assis Periotto, proferidos durante palestra em 29 de maio de 2004, sábado, no Rio de Janeiro/RJ, Brasil:

“O ouvinte da Super Rede Boa Vontade de Rádio é privilegiado, porque recebe, pela saga de Paiva Netto, a dessectarização do Cristianismo. É um trabalho tão extenso e meritório que a gente nem imagina a abrangência total de seu efeito futuro. Mas percebemos um pouco desse alcance pela vibração do ambiente, com a presença espiritual maravilhosa que todos sentem, quando nosso Irmão Presidente explana sobre o Evangelho e o Apocalipse de Jesus, por exemplo, na Boa Nova, segundo Marcos, 8:1 a 9: ‘A segunda multiplicação dos pães e peixes’.

“Observamos que a fragilidade social, neste momento da Humanidade, nos campos da Política, da Economia, do social, é imensa. É visível até no rosto daqueles que governam o Planeta. E todos estão como que suplicando, buscando alguma alternativa melhor para minimizar as dificuldades. Sabemos que os que governam desejam resolver os problemas de seus povos. Mas qual o caminho?

“O que vem sendo feito pelo Irmão Paiva é algo de fato ímpar, pegando uma carona no título Ímpar, informativo lançado pela Juventude Ecumênica Militante da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo do Rio de Janeiro. O trabalho do Irmão Paiva é, portanto, dessectarizar o Cristianismo, fazendo crescer a consciência de Solidariedade e de Justiça entre todos — uma joia neste contexto imenso. É a alternativa capaz de assegurar o futuro dos povos, um porvir em que consigam sobreviver aos problemas criados pelos próprios homens.

“E vivemos um período em que tudo é tão rápido, é tanto avanço tecnológico, todos os dias são tantas as novas ideias, as novas conquistas, contudo, o senso para o campo espiritual, portanto, para o bom senso, tem sido cada vez mais colocado de lado. Progride-se, progride-se, progride-se muito, a gente vê todos os tipos de objetos praticamente ‘falando’, para usar uma figura de retórica forte. E isso tudo realmente ajuda como ferramenta, mas, por outro lado, vemos, por exemplo, uma África sendo dizimada pela miséria, pelas doenças, pelas guerras e por outros fatores mais. Quer dizer, prioridades precisam ser revistas”.

Exato, Francisco, porquanto é hora de surgir no horizonte do mundo o Cristianismo integral, o Cristianismo do próprio Cristo Jesus, que profetiza a formação de um “só Rebanho para um só Pastor” (Evangelho, segundo João, 10:16), fortemente defendido pelo saudoso Irmão Alziro Zarur (1914-1979). Daí trabalharmos pelo Ecumenismo Irrestrito, pelo Ecumenismo Total, pelo Ecumenismo dos Corações e pelo Ecumenismo Divino*8, alma da Profecia do Grande Mestre Jesus, pois Ele é a Bandeira Luminosa, toda essa renovação de conceitos pelo prisma do Amor Fraterno e da compreensão do mecanismo da Justiça Celeste, descrito no Evangelho e no Apocalipse, como continuaremos a expor. Liberdade sem responsabilidade e Fraternidade é condenação ao caos.

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Notas dos editores

Fontes bíblicas: João Ferreira de Almeida – Sociedade Bíblica do Brasil. • Síntese de O Novo Testamento, de Mínimus (Wantuil de Freitas) – FEB
• Um Só Evangelho ou Harmonia dos Evangelhos, do Padre Léo Persch • A Bíblia para o Povo – Paiva Netto, 1988, São Paulo/SP – Brasil.
• Bíblia de Jerusalém – Paulus. • Padre Mattos Soares – Edições Paulinas. • pregações de Alziro Zarur (1914-1979).

*1Estou com quase 50 anos” – Esta pregação atualíssima do Presidente-Pregador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo ocorreu em 27 de outubro de 1990, onde atualmente se encontra o Instituto de Educação da LBV, na Avenida Rudge, 700, Bom Retiro, São Paulo/SP, Brasil.

*2 ... câncer de pele – Entre os tumores malignos, o câncer de pele é o mais frequente em todo o mundo. No Brasil, corresponde a quase 25% dos casos registrados, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que todo ano surjam 132 mil novos casos desse tipo de câncer no mundo, adquirido pela exposição excessiva aos raios ultravioleta do sol.

*3 Presidente John Fitzgerald Kennedy (1917-1963) – Primeiro Presidente católico dos Estados Unidos da América, assassinado em Dallas, Texas, EUA, em 22 de novembro de 1963.

*4 O Peso da Glóriade John F. Kennedy. Edições Melhoramentos, 1964.
*5 Teoria de Gaia – A própria jornalista Beatriz Fagundes, em sua coluna, esclarece: “Teoria revolucionária conhecida como Gaia – a ideia de que nosso Planeta é um superorganismo que, de certa maneira, está ‘vivo’. Essa visão hoje serve de base a praticamente toda a ciência climática”.
*6 A Grande Tribulação – Também encontramos no Evangelho de Jesus, segundo Mateus, 24: 20 a 22, e Lucas, 21:23.

*7 Estas palavras de Edmund Burke (1729-1797), comentadas na pregação do Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração, Paiva Netto também fez constar no seu artigo “Legião da Boa Vontade e a Ideologia do Bom Samaritano”, publicado na revista Boa Vontade, edição 197, de janeiro de 2005.

*8 Os quatro pilares do Ecumenismo: publicado em JESUS ESTÁ CHEGANDO!, edição 98.

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central. É autor de referência internacional na defesa dos direitos humanos e na conceituação da causa da Cidadania e da Espiritualidade Ecumênicas, que, segundo ele, constituem “o berço dos mais generosos valores que nascem da Alma, a morada das emoções e do raciocínio iluminado pela intuição, a ambiência que abrange tudo o que transcende ao campo comum da matéria e provém da sensibilidade humana sublimada, a exemplo da Verdade, da Justiça, da Misericórdia, da Ética, da Honestidade, da Generosidade, do Amor Fraterno. Em suma, a constante matemática que harmoniza a equação da existência espiritual, moral, mental e humana. Ora, sem esse saber de que existimos em dois planos, portanto não unicamente no físico, fica difícil alcançarmos a Sociedade realmente Solidária Altruística Ecumênica, porque continuaremos a ignorar que o conhecimento da Espiritualidade Superior eleva o caráter das criaturas e, por conseguinte, o direciona à construção da Cidadania Planetária”.